Professor da faculdade de Gilmar fez parecer pró-Cabral

10.12.21

O habeas corpus que levou a Segunda Turma do STF a declarar nesta semana a incompetência do juiz federal Marcelo Bretas, da Lava Jato do Rio, para julgar denúncias de corrupção na área da saúde no governo de Sergio Cabral foi ancorado em um extenso parecer jurídico redigido por um advogado que entrou neste ano para o quadro de professores da faculdade do ministro Gilmar Mendes. No parecer de 59 páginas, o advogado Ademar Borges argumentou que, como o braço fluminense da operação começou investigando corrupção na secretaria de obras, os casos envolvendo desvios na saúde não poderiam ter sido distribuídos a Bretas por conexão. A tese, como era de se imaginar, foi acolhida pelo relator, o próprio Gilmar. Seguiram o mesmo entendimento os ministros Ricardo Lewandowski e Kassio Marques. Ao final, Borges defendeu ainda a nulidade das condenações impostas a Cabral e outros réus. A decisão caberá ao novo juiz que receberá o caso.

Adriano Machado/CrusoéAdriano Machado/CrusoéA sede do IDP, conhecida na vizinhança como o “templo de Gilmar”

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