Rodrigo Freitas/Crusoé"Esse comitê da ONU é administrativo, não tem força resolutiva", diz o diplomata sobre a "liminar" da ONU pró-Lula

A imagem do país está em risco

Ex-embaixador em Washington e Londres, o veterano Rubens Barbosa diz que o PT joga contra o Brasil ao defender a candidatura de Lula a partir de um "despacho administrativo" de burocratas da ONU
07.09.18

O PT não se deu por vencido com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de rejeitar cabalmente, por 6 votos a 1, os seus argumentos em defesa da candidatura de Lula ao Palácio do Planalto. Tanto é assim que o partido insiste na estratégia quase anedótica de usar um despacho de dois representantes do Comitê de Direitos Humanos da ONU para convencer a Justiça brasileira de que o ex-presidente tem o direito de disputar o pleito enquanto recorre da decisão que o condenou à prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Depois de perder no TSE, os petistas agora querem levar o argumento ao Supremo Tribunal Federal (STF). O primeiro round na Suprema Corte já foi perdido. O ministro Edson Fachin, que no tribunal eleitoral havia sido o único a votar a favor do registro de Lula e a acolher o truque, negou uma liminar em que os advogados de Lula pediam a suspensão provisória da condenação que o impede de se candidatar. Mas nem o ex-presidente nem seus seguidores entregaram os pontos. Eles querem levar o debate às últimas consequências para explorar o discurso de que Lula é alvo de perseguição. E, nesse meio tempo, aproveitam para difundir internacionalmente a ideia tosca de que a democracia por aqui está em risco por causa da prisão de um condenado pela Justiça. Para o embaixador aposentado Rubens Barbosa, que durante anos representou o Brasil em postos relevantes como Washington e Londres, a estratégia representa um perigoso tiro na imagem externa do país. O diplomata de 80 anos, que hoje é dono de uma empresa de consultoria e auxilia no programa de campanha do tucano Geraldo Alckmin, repisa a conclusão da maioria dos ministros da corte eleitoral de que o tal despacho da ONU festejado em prosa e verso pelos petistas não tem qualquer efeito legal. “Não conheço nenhum país em que um partido importante faça uma campanha de descrédito dessa magnitude contra seu próprio país”, diz ele. A seguir, a entrevista.

A iniciativa do PT de usar um despacho de funcionários da ONU para tentar liberar a candidatura de Lula periga virar piada internacional?
Em 2016, quando houve o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o PT começou com a narrativa do golpe, dizendo que o impeachment era um golpe. Depois, quando Lula foi julgado em primeira e segunda instâncias na Lava Jato, disseram que a condenação seria injusta, sem provas, e que ele seria um preso político. Agora, com Lula condenado e preso e com a eleição se aproximando, está chegando a terceira fase da narrativa: a da ilegitimidade. Se o PT ganhar a eleição, será uma eleição de grande lisura. Se perder, vai ser ilegítima. E para reforçar essa tese, eles foram buscar essa coisa do Comitê de Direitos Humanos da ONU. Esse comitê da ONU é administrativo, não tem força resolutiva. Isso não passa de uma narrativa do PT.

A imagem do Brasil sai prejudicada desse processo?
Celso Amorim deu uma entrevista dizendo que se o Brasil não cumprisse a determinação, que nem existe porque não tem determinação nenhuma, o Brasil seria visto como um pária internacional. É um absurdo. A gente vai ser equiparado a Myanmar.

O senhor lembra de situação semelhante em algum outro lugar do planeta?
Isso nunca existiu e eu não conheço nenhum país em que um partido importante faça uma campanha de descrédito dessa magnitude contra seu próprio país. Em sociedades mais desenvolvidas, isso seria visto como algo muito negativo porque estão forçando alguns argumentos que a maioria da população sabe que não são verdadeiros para defender uma causa partidária, pessoal, contra os interesses e contra a percepção externa da nação. Nem na Venezuela os partidos de oposição vão ao exterior denegrir o país.

O governo Dilma já ignorou um despacho até mais severo de um organismo similar em 2011, sobre a usina de Belo Monte.
Quando interessa ao PT, eles falam. Quando não interessa, eles não falam. Ao longo do governo da Dilma, por causa das hidrelétricas, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou o Brasil. E o Brasil não levou em consideração a decisão. Retirou o embaixador do Brasil na OEA e não ratificou esse documento. O que eles alegaram agora no caso do Lula foi um absurdo, porque o comitê administrativo tem 16 membros e só dois ratificaram. Os outros não assinaram. É um absurdo. No caso das hidrelétricas, não. Era um comitê pleno, cuja decisão o Brasil tinha a obrigação de cumprir. É uma amostra do doublespeak [dupla fala] de 1984 [o livro de George Orwell]. Fala de um jeito de uma hora, e outra hora fala de outro jeito. Agora estão fazendo esse cavalo de batalha todo.

O senhor está acusando o PT de colocar os interesses partidários acima dos interesses do Brasil.
Exatamente. Não só o interesse partidário, mas também os pessoais, porque estão brigando pela possibilidade de Lula ser candidato, quando, segundo as leis brasileiras, o devido processo legal foi cumprido. Podem não gostar, achar que está errado, mas o processo legal foi cumprido. Então tem que cumprir a lei. A Lei da Ficha Limpa foi aprovada pelo governo do PT. Quem assinou a lei foi  Lula. E se ele agora está sendo punido pela lei que ajudou a criar, tem que respeitar.

Há aparelhamento político em órgãos da ONU como esse que emitiu o despacho pró-Lula?
O fato de só dois representantes terem assinado esse despacho mostra que os outros 16 ou não quiseram participar ou não foram consultados. Não foi nenhuma decisão unânime. E os dois que tomaram a decisão não consultaram o governo brasileiro. O governo brasileiro não sabia que esse despacho seria dado. Questionam o sistema jurídico brasileiro, mas fizeram pior porque não ouviram o governo do Brasil. No caso de Lula, ele está tendo todo o acesso ao processo, todas as oportunidades para se defender, para contestar, para responder. Nesse comitê, o governo brasileiro não foi informado nem consultado. Imagino que esses dois que assinaram a liminar tenham alguma simpatia pela causa que o PT está defendendo. Os outros 16, eu não sei.

Rodrigo Freitas/CrusoéRodrigo Freitas/Crusoé“Nem na Venezuela os partidos de oposição vão ao exterior denegrir o país”
No julgamento no TSE, o ministro Edson Fachin defendeu que o Brasil deveria cumprir o despacho. Essa história chegou longe demais?
O ministro reconheceu que Lula é inelegível pela Lei da Ficha Limpa, mas fez um gesto político. O Supremo tem tido manifestações políticas em muitos casos. Essa não foi uma manifestação jurídica do ministro. Foi política.

O senhor acredita que, internacionalmente, ainda restarão marcas dessa celeuma mesmo após as eleições?
Essa narrativa foi levada para o exterior, onde o PT e Celso Amorim têm muita penetração. Celso Amorim foi ministro do exterior, tem muito conhecimento, tem poder ideológico, tem relação com partidos e jornais simpáticos ao PT. Essa retórica da ilegitimidade, do questionamento das instituições, das leis e da democracia é uma campanha de descrédito do Brasil no exterior. Isso está sendo pouco ressaltado aqui. Em vez de se discutir se é válida ou se não é válida a coisa da ONU, os partidos políticos, os candidatos e a imprensa deveriam estar analisando o descrédito e as implicações negativas que essa campanha vai deixar para o Brasil. Se o PT ganhar, as eleições são legítimas e está tudo bem. Se o PT não ganhar, quem vencer essa eleição vai ter que tentar restabelecer a credibilidade do país lá fora. Como você vai fazer isso se um grande partido interno questiona a legitimidade da eleição, a democracia, as instituições, as leis e a própria lisura do sistema jurídico brasileiro?

Será uma tarefa árdua do ponto de vista diplomático?
O futuro governo vai ter que adotar uma estratégia de contenção de danos, porque essa campanha vai continuar com pessoas que tenham identidade com o PT, em jornais, entre intelectuais e no meio acadêmico. Vai ter que haver uma ação do governo para esclarecer o que ocorreu aqui e para não deixar que isso contamine ainda mais a percepção externa sobre o Brasil. Será preciso esclarecer a questão e responder firmemente a essa campanha com atos concretos, em todos os fóruns.

Ao fim e ao cabo, sobrará para o Itamaraty…
Sim. O Itamaraty, além de tudo o que tem que fazer, ainda vai ter que se preparar para responder a esse desafio.

Por falar nisso, nesta campanha pouco se fala sobre os planos para a política externa brasileira. O que o novo presidente precisará levar em conta nessa área?
O Brasil é uma das dez maiores economias do mundo. Por isso, deve ser reinserido nos fluxos dinâmicos de comércio e da economia global. O país esteve isolado durante muitos anos nas negociações comerciais. Nos últimos 18 anos, o Brasil assinou três acordos comerciais com o Mercosul. O mundo assinou mais de 400. O Brasil ficou fora dos grandes avanços tecnológicos. Nesses últimos 20, 30 anos, o Brasil deixou de ser um motor da economia global e caiu muito. Temos que responder à expectativa externa e fortalecer a voz do Brasil nos organismos internacionais e nos debates dos grandes temas que são discutidos no mundo. Temos que defender a democracia, os direitos humanos, debater as novas ameaças de defesa cibernética, o terrorismo. Há toda uma agenda internacional em que o futuro governo vai ter que atuar como uma voz do Brasil mais forte do que nestes últimos anos, sobretudo da Dilma para cá.

O Itamaraty foi aparelhado politicamente pelo PT?
O que existe hoje é resultado de 15 anos de governos do PT. O que encontramos hoje na economia, nas finanças e na política externa é o resultado desses anos todos em que o Itamaraty esteve marginalizado do processo. O Itamaraty perdeu o papel central de formulação e execução da política externa durante os governos do PT. No da Dilma foi pior porque, além de perder esse papel central, o Itamaraty ainda não teve meios para gerir adequadamente a política externa.

Rodrigo Freitas/CrusoéRodrigo Freitas/Crusoé“O futuro governo vai ter que adotar uma estratégia de contenção de danos”
O ministério ficou com um carimbo ideológico forte nos anos de governos petistas.
Na minha opinião, ficou. No primeiro governo Lula, houve altos e baixos. No segundo mandato, a situação se tornou mais difícil. E no governo da Dilma só tivemos baixos em termos de política externa. O Itamaraty ficou muito machucado. Faltavam recursos, havia politização das decisões. E houve perda de áreas normalmente coordenadas pelo Itamaraty. Tinha um assessor internacional na Presidência da República e mais uma série de problemas que afetaram o desempenho do Itamaraty.

O senhor se refere ao ex-assessor Marco Aurélio Garcia.
Sim. O Itamaraty perdeu funções, coordenação, e a função principal, que era de formulação. A formulação estava fora do Itamaraty. Daí a prevalência de iniciativas ideológicas, como o apoio a Chávez, a Maduro e uma série de outras iniciativas ligadas ao bolivarianismo.

Depois do impeachment de Dilma, foi possível mudar um pouco esse panorama?
Nos dois últimos anos [governo Michel Temer], houve uma correção de rumo da política externa, sobretudo em relação à partidarização e ideologização, mas em virtude da situação econômica interna, com crise e recessão, o Brasil não conseguiu aumentar a sua voz no mundo como deveria. Recuperou apenas uma parte dessa voz. Mudou a política e nós passamos a negociar com a União Europeia, abrimos negociações com Canadá, Singapura, Coreia do Sul… O Itamaraty está fazendo o que é possível fazer, dentro dessa dificuldade política e econômica que a gente está vivendo, mas é possível fazer muito mais.

Por sua experiência como embaixador em Washington durante anos, qual será o segredo para lidar com a Casa Branca de Donald Trump?
Mesmo no governo do PT, que falava muito, havia uma diferença grande entre a retórica e a prática. Mas agora está chegando um momento que vai ser um divisor de águas. O Trump, você pode não concordar com as coisas que ele está fazendo, mas ele sabe o que quer: colocar os Estados Unidos em primeiro lugar, fortalecer a indústria americana, fazer acordos bilaterais. Ele tinha uma agenda na campanha e está implementando essa agenda, que é divisiva internamente, que cria instabilidade no exterior, mas tem clareza de objetivos. Aqui no Brasil, precisamos saber o que a gente quer. Temos que definir uma agenda brasileira nas conversas com os Estados Unidos.

E qual deve ser essa agenda?
A agenda americana nós sabemos qual é: eles querem exportar mais para cá e querem que o Brasil tenha participação mais ativa na região. E nós temos vários aspectos importantes para discutir com eles. Primeiro, temos que conversar a respeito da relutância americana em apoiar o Brasil na pretensão de entrar para a OCDE [a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que congrega as economias mais desenvolvidas do mundo]. Segundo, o Brasil precisa desenvolver comercialmente a base de Alcântara, no Maranhão. É uma base brasileira, muito bem situada na altura do Equador, para lançar satélites de todos os países. O mercado de lançamento de satélites comerciais, de comunicação e clima, é gigantesco. São bilhões e bilhões de dólares, e o Brasil poderia estar participando disso. Temos que negociar um acordo de salvaguarda tecnológica com os Estados Unidos para permitir que empresas americanas, que estão muito interessadas em lançar satélites da base de Alcântara, possam atuar lá. Não estou falando de governo americano, mas de empresas americanas. Além disso, tem todo esse movimento de protecionismo que afetou o aço, o alumínio e, dependendo da evolução da guerra comercial, poderá afetar outros produtos brasileiros. O futuro governo precisará ter uma agenda concreta para discutir com Trump.

Acredita nas chances de Geraldo Alckmin, o candidato que o senhor está apoiando?
A gente só vai ter uma ideia se o Alckmin vai subir ou não a partir do dia 10 de setembro, quando estivermos com duas semanas de programa na televisão. No Brasil, a campanha eleitoral só começa a valer depois do 7 de setembro.

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  1. Ótima entrevista! Os bons brasileiros precisam se unir para acabar com o pt e ao mesmo tempo iniciar a reconstrução do Brasil.

  2. Nada como a experiencia para focar corretamente os temas principais quanto ao Alkimin o embaixador esta errado ele não decolou nem vai decolar mais! As escolhas possíveis estão nos extremos e com isso o pais tem garantido pelo menos + quatro anos perdidos!

    1. Os extremos só o são se assim forem opostos. O extremo oposto do mal não pode ser o mal. Só pode ser o bem. Veja além da fumaça...

  3. O próximo presidente - longe de nós ser petista! - deve cair com tudo sobre o PT para eliminar da vida política do Brasil esta legenda. Uma campanha desmoralizadora, nacional e internacionalmente, para começar.

  4. Excelente entrevista a respeito de assuntos que nós, simples mortais, não dominamos. Parabéns á Crusoé e em especial ao ex-embaixador, mas gostaria de alertá-lo de que se " A campanha eleitoral só começa a valer depois do 7 de Setembro " esteja certo de que daqui prá frente o " Picolé de Pudim " vai simplesmente despencar nas pesquisas sérias. Ele não tem a menor chance de chegar ao segundo turno, caro Rubens Barbosa !!!

  5. Falando de modo que todos, até os petistas entendam: o PT NUNCA foi um partido. SEMPRE foi uma quadrilha. Individuos altamente preparados para subverter a ordem interna de nosso país...e o conseguiram. Precisamos de um "faxineiro" que feche o Congresso por dois anos e LIMPE COMPLETAMENTE o lixo acumulado durante o período dito pós "ditadura". Sim, antes do PT já iniciaram o processo de desconstrução.....lembram-se?

  6. Porque esse "partido" que ainda se chama PT não foi ainda extinto pela aplicação da lei? Quantos empregos geraram no exterior e que faltam aqui, tudo pela ganancia de "ganhar" mais com corrupção? Exportou corrupção, criando empregos no exterior e desemprego aqui.

  7. O PT é de fato e de direito uma Organização Criminosa composta por pelegos sindicalistas e traidores da Pátria. Deveriam tomar vergonha na cara.

  8. imagem do pais está em risco? Tá brincando? Que imagem. Somos um acampamento, jamais seremos uma nação. Temos um dos mais corruptos povo do mundo. Bandidos dominaram a justiça, religião, política, escolas. Não tem como piorar a imagem dessa merda. A última chance e o Bolsonaro. (Se esse não for mais uma mentira.) espero.

  9. depois de quase 18 anos de politica interna e externa retogadas e aliancas com ditaduras comunistas, vai dar muito trabalho o presidente Bolsoraro corrigir esses desacertos, mas com uma equipe diplomatica competente acredito que conseguira mudar nossa combalida e caricata imagem no exterior vamos rogar que Deus abencoe o seu governo depois de maais uma tentativa assasinato desta vez sem sucesso dos opositores vamos ganhar no primeiro turno não temho duvidas. estou feliz parabens pela revista

  10. Muito boa a entrevista. No entanto, tenho um senão. Enquanto não deixar de se preocupar com a "imagem" o Brasil não sai do buraco em que nos metemos. A imagem que se dane. O que vale é a realidade. E a realidade é hor-ro-ro-sa.

  11. MY COUNTRY RIGHT OR WRONG - "Não conheço nenhum país em que um partido importante faça uma campanha de descrédito dessa magnitude contra seu próprio país". O próprio morubixaba da horda já confessou que exagerava nos números para os crédulos europeus, acusando existência de 25 milhões de menores abandonados pelas ruas de Pindorama. Se nos consideram uma coisa exótica é pela percepção de guetos e apetites fragmentados numa mesma casa.

  12. O Itamaraty via representação brasileira na Assembléia Geral pode muito bem arrancar, é isso mesmo extrair com alicate diplomático declaração do Sr. Secretário Geral das Organização das Nações Unidas sobre a correção dos modos dos agentes do Comitê de Direitos Humanos ao se manifestarem em despacho subscrito por minoria de 11% de seus membros como documento hábil a colocar cobro a Estado Membro da Organização ou se outra e melhor representada instância traduziria melhor o respeito institucional.

  13. Na verdade o governo atual deveria colocar a ONU na parede e questionar porque tal resolução saiu de lá, além dizer com todas as letras que as instituições brasileiras funcionam e que o país é soberano.

    1. Apoiadíssimo! Não sei o que estão esperando para fazer esta cobrança.

  14. O que acho mais incrível é o governo brasileiro, através do Itamaraty, não se manifestar oficialmente contra esse documento tão questionável da ONU. Deveria, como membro, até exigir uma retratação formal, visto que nem sequer foi contactado antes da emissão desse documento, que nem tem poder de ação intervencionista.

  15. Excelente reportagem com nosso embaixador Rubens Barbosa que foi preciso e cirúrgico em suas colocações . O nosso problema é que a política externa foi esquecida pelos governos anteriores. Tristeza

  16. Prezados Srs. Pergunto se pessoas com a clareza de ideias como as do Excelentíssimo Sr Embaixador (em pauta) estariam, de fato, dispostos a contribuir com o Brasil juntando-se ao candidato vitorioso caso não seja o candidato apoiado por estes?

    1. Para sua informação existe, no Itamaraty um corpo diplomático profissional que durante os governos petistas foi colocado à margem dos processos diplomáticos pelo voluntarismo e ideologização da política externa. Profissionais de relações internacionais foram substituídos pela diplomacia presidencial que tem suas aplicações alcance limitados pelo desconhecimento da práxis e pouca profundidade nas proposições de tratados e acordos. NUNCA ANTES NA DIPLOMACIA.... P. R. de Almeida.

  17. Otima reportagem ! Varios pontos esclarecidos precisam ser mais divulgados para os brasileiros passarem a ter noção do que está acontecendo na relação Brasil X mundo . Quanto ao Itamaraty - Celso Amorim, ainda influente pro PT , não tem como ser evitado mas porque não remover o Aluizio N , pT ainda ministro relacoes exteriores do governo Temer? Retrato do caráter político deste gov ! Porque os movimentos pro Brasil Livre não levantam importantes aspectos desta área ainda dominada petista?

  18. Quem diria! O povo confiou na fala ideológica do PT, despolitizado que é, confiou nos ídolos intelectuais e se deu muito mal. Agora estamos mais pobres, mais atrasados e mais ferozes. Voltamos à estaca zero.

  19. Esse cara não sabe AINDA que conselheiros assinaram a tal recomendação? não sabe AINDA porque os outros não assinaram? não houve manifestação FORMAL alguma do Brasil a respeito desta esculhambação A QUE o PT está reduzindo o país? não houve AINDA nenhum protesto dirigido à ONU acerca da manipulação consentida da ONU pelo PT p criar fatos políticos eleitoreiros? Pq o Brasil não exigiu uma manifestação da Presidência da ONU?! A diplomata americana está nas redes destruindo essa comissão. E nós?!

  20. Felizmente o Brasil ainda tem um bom número de mentes lucidas e sábias como a do embaixador Barbosa. Que viva muitos anos mais para ajudar o país!!!

    1. Muitos acham que a ideologia tucana é de direita. Não é. O PSDB faz par com o que chamamos de esquerda. O PSDB é socialismo puro. FHC é um fabiano. Seu pai, um general que é falecido era um conhecido conhecido comunista, embora ele não o seja. Lamento que o embaixador seja um apoiador do PSDB nessas eleiçoes, mas respeito sua opção, mas acho que o Brasil hoje só tem duas opções nos atuais candidatos, que são Bolsonaro e Amoedo. Como acho que Amoedo infelizmente não tem muita chance

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