Ricardo Stuckert/PT

Lá, como cá, a corrupção não importa

O inesperado sucesso eleitoral dos socialistas nas eleições portuguesas antecipa um roteiro desenhado para o Brasil: ao votar, os eleitores simplesmente esquecem os escândalos do passado
04.02.22

Engenheiro com uma longa carreira no Partido Socialista, o PS, José Sócrates governou Portugal como primeiro-ministro entre 2005 e 2011. Já fora do poder, em novembro de 2014 ele foi preso no aeroporto de Lisboa, ao voltar de uma viagem a Paris. Foi acusado de corrupção, fraude fiscal, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos na investigação que ficou conhecida como Operação Marquês, uma espécie de Lava Jato portuguesa. Solto após passar nove meses no cárcere, Sócrates hoje aguarda o julgamento das duas acusações que foram aceitas pelo juiz. Segundo os investigadores, ele recebeu 1,72 milhão de euros (10 milhões de reais, em valores atualizados), uma parte em malas de dinheiro, ao cabo de transações com amigos empresários que tinham negócios com o poder público.

Qualquer semelhança com os peixes graúdos da política brasileira fisgados em operações anticorrupção nos últimos anos não é mera coincidência. Alguns dos casos envolvendo Sócrates tinham conexão direta com personagens também pilhados em transações suspeitas do lado de cá do Atlântico, durante os governos do PT – o ex-primeiro-ministro, aliás, é amigo do peito de Lula. O histórico de suspeitas envolvendo uma das principais cabeças do PS português, contudo, está longe de se refletir no desempenho do partido nas urnas. Muito pelo contrário. Nas eleições do último fim de semana, a legenda de Sócrates surpreendeu e obteve nada menos que 117 das 230 cadeiras no Parlamento. Com isso, governará o país com maioria absoluta. Em Portugal, os escândalos parecem não incomodar os eleitores na hora do voto. De novo, qualquer semelhança não é mera coincidência: no Brasil, Lula lidera as pesquisas de intenção de voto, a despeito das suspeitas sobre ele e seu partido.

No caso português, há várias explicações possíveis para o fenômeno. Nas pesquisas de opinião, os eleitores até se dizem preocupados com a corrupção. O assunto costuma entrar na pauta do dia a dia. Os portugueses gostam de tratar do tema e consomem avidamente as notícias sobre prisões e julgamentos dos políticos envolvidos em malfeitos. Em abril do ano passado, uma parcela significativa da população acompanhou ao vivo, pela televisão, o juiz Ivo Rosa anunciar, ao longo de três horas e meia, quais das 31 acusações feitas pelo Ministério Público contra José Sócrates iriam a julgamento. Embora o socialista, de 64 anos, tenha conseguido se livrar da maioria delas, os casos foram revisitados em prosa e verso e reavivaram os escândalos na memória do eleitorado. A menos de um ano das eleições, seria natural se tudo aquilo tivesse impacto no resultado das urnas. Sócrates não foi inocentado. Nos casos em que o processo não seguirá adiante, o juiz entendeu que o Ministério Público não conseguiu reunir provas suficientes para demonstrar que os recursos suspeitos que ele recebeu tinham conexão direta com decisões de governo. Por essa razão, acusações como a de que ele teria embolsado propinas de companhias como o Grupo Lena, parceiro da brasileira Odebrecht, e a Portugal Telecom, que comprou a operadora brasileira Oi, foram para o arquivo.

António Costa, o atual chefe de governo: cordão sanitário para afastar Sócrates
Uma pesquisa feita com 1.020 portugueses no ano passado mostrou que eles acham que 69% dos políticos são corruptos. No entanto, quando indagados sobre quanto esse problema afeta suas vidas, 73% responderam que não viam interferência nenhuma. Só um em cada quatro entrevistados disse que a corrupção lhe trazia alguma consequência pessoal. A pesquisa também procurou entender por que os portugueses costumam escolher candidatos envolvidos em desvios. A resposta mais comum foi a de que eles preferiam votar nos nomes dos seus partidos, sem se importar com suas fichas sujas. Outras respostas repetidas foram “a Justiça não funciona”, “rouba, mas faz”, “gratidão”, “todos são corruptos” e “integridade não é prioridade”.

O voto em corruptos – ou em partidos onde há suspeitos de corrupção – encontra explicação na psicologia.As pessoas escolhem seus candidatos principalmente porque veem neles algumas coisas em que acreditam, suas ideias, valores e crenças. Mas essa escolha é bastante intuitiva e pouco racional, parecida com a dos torcedores de times de futebol”, diz o psicólogo Francisco Miranda Rodrigues, presidente da Ordem dos Psicólogos de Portugal. O caráter duvidoso de um candidato pode ser um empecilho menor se a sua orientação política ou o seu partido forem os mesmos do eleitor. Além disso, esse defeito pode ser facilmente contornável a depender dos valores reais que os eleitores trazem consigo. Um indivíduo pode esbravejar contra a corrupção em um bar, mas no fundo achar que o delito cometido não é tão grave assim, que todo mundo de certa forma faz aquilo, ou que ele próprio poderia cometê-lo em situação parecida. “O conceito do que as pessoas entendem por corrupção varia muito, dependendo do contexto social e cultural. Comportamentos que são condenados publicamente muitas vezes podem ser aceitos no plano privado e, por isso, não geram uma rejeição nas urnas”, diz Rodrigues.

Outra explicação para o fato de os eleitores deixarem de lado as suspeitas de corrupção na hora de votar é o surgimento de outros temas considerados mais urgentes, que eles consideram impactar mais em suas vidas – como saúde e economia em tempos de pandemia, por exemplo. Nas eleições portuguesas, a maior parte dos partidos se concentrou nessas questões. O único que priorizou o tema da corrupção foi o Chega, de extrema-direita, que espalhou outdoors nas ruas com o rosto de José Sócrates, em preto e branco, e a palavra “vergonha”. A agremiação levou apenas 7% dos votos.

ReproduçãoReproduçãoOutdoor do Chega: campanha lembrando malfeitos de Sócrates não funcionou
A corrupção tende a perder relevância porque é um tema batido, recorrente, sem novidade. Com isso, outras discussões mais provocantes ganham maior destaque. Nos momentos cruciais da última campanha, por exemplo, os portugueses só queriam saber da foto que um dos candidatos postou do seu gato”, diz a cientista política Patrícia Calca, da Universidade de Lisboa, que participou de um estudo sobre a percepção da corrupção.

Se há semelhanças entre o caso português e o brasileiro, há também uma diferença a ser levada em conta na comparação. Alguns fatores impediram que os escândalos de José Sócrates manchassem o Partido Socialista. Enquanto aqui o PT continuou submisso a Lula e deve anunciá-lo oficialmente como candidato, o PS se afastou de Sócrates após as denúncias. O maior responsável por essa separação foi António Costa, atual primeiro-ministro, que em 2005 ocupou o cargo de ministro de Estado e Administração Interna no governo do correligionário enrolado. “António Costa criou um cordão sanitário para isolar José Sócrates. Ele não fala sobre o assunto e, quando perguntam, diz que esse é um problema da Justiça”, diz o cientista político Francisco Pereira Coutinho, da Escola de Direito Nova, em Lisboa.

Desde que saiu do governo, há onze anos, Sócrates não ocupa cargos públicos. Em 2018, um ano antes das eleições legislativas, ele se desligou do PS fazendo críticas ao partido, após 37 anos de filiação. Disse que a agremiação o tinha abandonado. Faltando menos de dez dias para a última eleição, disse em uma entrevista que “quem quer uma maioria absoluta (no Parlamento) talvez devesse começar por não desmerecer a única que o Partido Socialista teve na história”, referindo-se ao seu mandato. A aparição de Sócrates às vésperas do pleito levou analistas portugueses a cogitar que isso espantaria os eleitores do PS. Sua figura poderia ser tão fantasmagórica quanto a de Dilma Rousseff para a campanha atual do PT. Mas não foi o que aconteceu. Os portugueses mal prestaram atenção.

Surpreendentemente, o ex-ministro parece estar recebendo mais atenção em veículos brasileiros, onde comenta com desenvoltura o resultado das últimas eleições portuguesas e faz previsões sobre o Brasil. Quando fala com jornalistas de cá, ele tenta emplacar a narrativa de que a Operação Marquês cometeu abusos, assim como, na sua opinião, a Lava Jato teria perseguido Lula. Tenta se mostrar merecedor da liberdade, assim como o amigo petista obteve a sua. Enquanto Lula foi condenado e deixou a prisão aproveitando-se das idiossincrasias da Justiça brasileira, Sócrates ainda aguarda sentença nos tribunais portugueses.

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  1. Herança da colonização portuguesa, com certeza! A nós resta votar em Moro para impedir e dar um basta a roubalheira que impera como nunca antes neste país.

  2. Então por este raciocinio as pessoas em portugal normalizaram a corrupção, como se isso fosse parte do pacote politico? Quer dizer que eles não veêm o corrupto como uma especie de psicopata ?

  3. Duda, excelente reportagem! Quantas semelhanças!!! Mas conseguimos ser piores! Seria um caso de hereditariedade essas semelhanças ? Bem o patrimonialismo explica um pouco esse atraso !! O Graieb fez uma pesquisa excelente (Suécia/ 1776) Que horror o Brasil!

  4. Como dizia Margareth Tatcher, "o socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros". Em algum momento, a UE terá que deixar de patrocinar Portugal.

  5. Primeiro, eu gostaria de pedir aos nobres Antagonistas que parem de chamar rouba.lheira de dinheiro do povo de “malfeitos”. Segundo, os portugueses votam em corrupto e depois se picam para Londres, Berlim, Dublin. Assim fica fácil, né? MS

  6. Cada povo tem o governo que merece e os justos pagarão pelos pecadores que são a maioria esmagadora! Grande parte da raça humana é uma experiência que não deu certo.

  7. O PS foi muito habilidoso a se afastar de Sócrates. O próprio caso judicial foi construído sob perspectiva de corrupção pessoal e não partidária, o que ajudou muito o PS. Todavia, convém ressaltar que a primeira eleição legislativa disputada pelo Antônio Costa, quando o processo Sócrates estava mais fresco na memória do povo, ele perdeu. Desde então as eleições subsequentes julgaram a sua governação e não o Sócrates, hoje muito menos relevante (ele e o processo) do que antes.

  8. O PS português se afastou de José Sócrates. A postura de António Costa deixou claro que os socialistas portugueses, na tradição de Mário Soares, não têm gurus, apedeutas e não aceitam qualquer tipo de messianismo. Querer comparar com o PT brasileiro é forçar a barra. Nada que ver.

  9. Achei a reportagem muito ruim. Parte de alguns pressupostos de "sociologia de botequim", ao tentar ligar o que acontece no Brasil com o que ocorre em Portugal. E de tentar sem o lastro necessário justificar a imundice da política brasileira com uma "herança maldita". E rasa a reportagem, não apurou corretamente o que ocorre lá. Quem fez coisas erradas foi punido e sumiu da vida pública, e quem assumiu agora não está ligado ao passado. Tendenciosa, preconceituosa e rasa. Não condiz com a Crusoé.

  10. O repórter pisa na bola ao comentar sobre o Chega. Para um partido novo, saindo do nada e conquistar 7% e ser a quarta maior bancada no parlamento português está muito longe do que eu chamaria de fracasso.

  11. 1- Perfeita a comparação de partido político com time de futebol. A corrupção é endêmica e sindrômica, então os eleitores buscam relativizá-la. Importante colocar que o PT saiu ileso no assassinato do Celso Daniel, que denunciaria à corrupção. O Mensalão trouxe consequências, mas o STF blindou o Lula. Um esquema de corrupção em Santo André com um crime bárbaro, e outro esquema de corrupção. Os condenados pelo Mensalão continuam no PT.

    1. 2- Então o partido mais a esquerda caquética, aceita à corrupção tranquilamente. A Lava Jato por não ter blindado ninguém, virou o alvo do partido. Agora sem a Lava Jato, o que será do Brasil se o Lula voltar ao poder? Essa é uma pergunta que todo eleitor sensato tem que fazer, pois a PT explora à ignorância do povo. cons-CIÊNCIA no voto. Moro Presidente 🇧🇷

  12. Ótima reportagem Duda! Bom saber que não negamos nossas origens. E triste saber que poderemos ter um repeteco de Lula por aqui.

  13. Acompanho o noticiário português e essa diferença apontada na reportagem é uma IMENSA diferença. Se Sócrates tivesse continuado remotamente vinculado ao partido, é muito provável que o partido morresse como o BE. Aqui, Lula provavelmente será presidente, lá, dificilmente Sócrates seria reeleito. Uma comparação importante de ser feita também é em relação ao Chega, que 'ainda' não convence parte significativa do eleitorado. O populismo no discurso do líder do Chega é lindo de ver.

  14. Lá é ca sofrem de amnésia coletiva qdo lhes convém. A máfia dos corruptos está tão poderosa por aqui, que tira o toupeira corrupto da prisão, para conduzi-lo ao governo, garantindo o retorno ao estado antes da Lava Jato,onde reinavam as quadrilhas de políticos e empresários inescrupulosos , mancumunados em articulações em todas as esferas para saquear o país. Usando como sempre a massa de manobra de alienados disponíveis para atingir objetivos. Atualmente: Mortadelas X Bolsominos.

    1. sem comentários! # Para um Brasil decente Moro presidente. Lena

    2. "Tem pai que é cego" As provas estão registradas na mídia e só tirar a cabeça do buraco que vc enxerga. "

  15. A aceitação de corruptos entre brasileiros e portugueses demonstra nossa origem. Infelizmente!!! O resultado é que pioramos a cada eleição, dá um desânimo e muita vergonha.

  16. Excelente reportagem. O eleitor português atual não se preocupa com a corrupção como parece estar acontecendo no Brasil, os órgãos do sistema de justiça lá, diferentemente daqui, se importam e cumprem seu dever.

    1. kkkkk. São tão diferentes que o gajo foi eleito. Não se esqueça que o beiçola bebe daquela fonte.

    2. Errado. Conclusão errada de uma reportagem tendenciosa. Use o "Dr. Google" e se informe melhor.

  17. Falta falar sobre o dinheiro que ele ajudou a esconder em Macau e outros paraísos fiscais que tanto o Luladrāo como a Dilma levaram em malas para serem entregues nos bancos garantindo uns bons anos de sobrevivência para o PT. Numa viagem da Dilma a Portugal para comemorar o feito tomou um PORRE que saiu do restaurante amparada por um segurança.

  18. moro em Portugal e aqui o partido não é corrupto e as lideranças possuem valores reconhecidos pelo eleitor. no caso do Sócrates é ele o corrupto e foi e será julgado. No Brasil o partido quer o poder e destruir as instituições, vide Venezuela e Argentina, a liderança é só do Lula e não possuem outra liderança para levantar o partido. fazer uniões com desgarrados de outros partidos não leva a nada.

    1. Por aqui também. O bêbado corrupto foi julgado e condenado em várias instâncias. Mas de repente.... armaram uma pantomina esdrúxula, "deram no em pingo d'água" e livraram a ratazana corrupta dos processos, deixando-o livre para encenar os próximos capítulos da próxima eleição. Acredite, "Não é piada" de brasileiro.

  19. NÃO PODEMOS FAZER PIADA DE PORTUGUÊS PORQUE POR AQUI A SITUAÇÃO ESTÁ PARECIDA MAS DIFERENTE DE PORTUGAL TEMOS A OPÇÃO DE VOTAR NO JUIZ QUE PRENDEU O LADRÃO. DEVEMOS FAZER UMA PROFUNDA ANÁLISE SOBRE O FUTURO DA NOSSA SOCIEDADE E LUTAR PARA ELEGER MORO. FAÇO DIARIAMENTE MINHA PARTE E ESPERO QUE TODOS FAÇAM TAMBÉM POIS O PAÍS QUE RESTARÁ AOS MEUS NETOS SERÁ PIOR QUE O ATUAL E DE TODOS OS TEMPOS. VAMOS ELEGER MORO E ISSO DEPENDE DE CADA UM FAZER A SUA PARTE. SALVE MORO E VIVA A LAVA JATO 🇧🇷⚖️🚔⚔️☠

    1. William para de postar essa bobagem, o Dr Moro foi até onde podia ir e no final ainda foi traído por seu ídolo negacionista.

    2. Willian a culpa nao é do Moro mas sim a força que a mafia que domina nosso país a anos tem. Moro foi ate onde o sistema deixou. E esta sendo perseguido por isso. Aguarde as covardias que ainda farão com ele. STF afia suas garras

    3. A situação não está parecida nem é igual: em Portugal alguns políticos, não os partidos, são corruptos e enfrentarão a justiça; no Brasil quase TODOS os políticos e quase TODOS os partidos são corruptos e JAMAIS serão julgados. Se informe melhor.

    4. Votar num juíz que não conseguiu nem sustentar a prisão do maior corruPTo do Brasil só pôde ser brincadeira.

  20. Caro Duda. Reportagem tendenciosa e desconhecida sobre a realidade Portuguesa. Começa num título enganador e continua no texto, dedicando menos de 1/3 à realidade portuguesa e porque o PS teve maioria absoluta. Na realidade nada diz. Limita-se a fazer uma comparação errónea com um companheiro de estrada lulista, que já esteve preso e, se a justiça funcionar, será novamente preso e condenado, ao contrário do Brasil. Já agora, informou-se dos arrestos de bens de mais um corrupto português?

  21. Falar contra os políticos intitulando-os de corruptos, sem identificá-los é uma porta aberta para a entrada de partidos radicais, como o Chega, de comportamento muito parecido com o utilizado por Trump ou Bolsonaro. José Sócrates está num limbo e sua opinião não foi levado a sério por nenhum dos partidos.

  22. Análise tendenciosa, tentando igualar contextos tão diversos, pondo em dúvida a neutralidade do autor em esta e outras matérias.

  23. MEU LIVRO “O INROTULÁVEL”. Link de acesso: https://www.amazon.com.br/dp/B09HP2F1QS/ref=cm_sw_r_wa_awdo_PQSA5Z6AXXH2SX16NH87 ..............................................……… LULA: os EXEMPLOS EXECRÁVEIS que uma SOCIEDADE tão CORRUPTA é capaz de produzir! São DEGENERADOS MORAIS que IMPEDEM o BRASIL de AVANÇAR! Em 2022 SÉRGIO MORO “PRESIDENTE LAVA JATO PURO SANGUE!” Triunfaremos! Sir Claiton

  24. A Ficha Limpa não é páreo pra corrupção generalizada! Decisões mais contundentes deveriam ser tomadas, tipo “quem roubar dinheiro público terá sua mão cortada em praça pública.” É animalesco? Que seja! Acho que o roubo diminuiria drasticamente!

  25. Quão difícil compreender que não temos una democracia de verdade. Os políticos não representam os interesses da população, só dos seus ou de uma pequena minoria privilegiada que atua na iniciativa privada muito bem, às custas da população. Existe um grande filtro para àqueles de bem que querem entrar na política e a votação segue sempre sendo naquele "menos pior". Esta é a dura realidade...

  26. o Brasil é cria de quem? do frouxo João VI acossado por Napoleão fugiu para cá e na saída raspou o caixa do Banco do Brasil legando-nos um filho bonitão mas liso e a coisa só se repete ... alguém ainda lembra dos milhões de euros levados pela amásia da vez Roze das quantas no Aero51 para Lisboa em malas recheadas de euros depositados no Banco Espírito Santo para quem mesmo? somos o país do cinismo e da desmemória e para este tipo de povo só há um destino ... o lixo já fedendo para 2023.

    1. É triste mas é a pura realidade. O povo gosta de se ferrar, então que se danem....

    2. tanto lá como cá o povo tem que arcar com a burrice de analfabetos que votam do jeito luso-brasileiro.

  27. Análise ruim. O PS não é próximo ao PT. Assemelha-se mais ao PSDB. O José Sócrates foi banido da vida política do partido. Apesar da bancada do PS ter aumentado, a participação do Bloco de Esquerda e do PCP diminuiu. A esquerda como um todo diminuiu. Muitos erros básicos na matéria.

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