Por que Maranhãozinho é o emblema da nova era de impunidade

18.03.22

O escandaloso caso do deputado Josimar de Maranhãozinho, do PL, virou um emblema da onda de impunidade reinante em Brasília, a partir da ofensiva do mundo político e dos tribunais superiores contra a Lava Jato. Embora a investigação tenha obtido provas contundentes contra o deputado, dentre as quais imagens em que ele aparece manuseando rechonchudos maços de dinheiro supostamente provenientes de um esquema de corrupção com verbas de emendas parlamentares, os procedimentos relacionados ao assunto não apenas têm se arrastado no Supremo Tribunal Federal, como o ministro Ricardo Lewandowski, relator do caso, vem negando sistematicamente medidas mais enérgicas contra o deputado. Há meses, Lewandowski já havia rechaçado um pedido para prender Josimar Maranhãozinho e afastá-lo do mandato.

Na semana passada, embora tenha autorizado uma operação de busca e apreensão em endereços de Maranhãozinho e de outros dois deputados suspeitos de participar dos desvios, o ministro negou outro pedido, desta vez para que a ação fosse realizada também no gabinete do parlamentar. A jornalistas, Lewandowski declarou que liberar buscas nas dependências do Congresso Nacional é uma “questão delicada”, por envolver outro poder da República.

Para além do mapeamento de que recursos federais destinados à área de saúde foram parar em empresas de fachada administradas por gente ligada ao próprio Maranhãozinho, a investigação reúne ainda indícios de que parte das verbas é proveniente de um esquema ainda maior, que envolve a compra de emendas de outros congressistas. Estaria em atividade, portanto, uma espécie de mercadão de emendas, como já mostrou Crusoé. Há fartos sinais de que, mesmo com a investigação em curso, o grupo segue operando. Mesmo assim, na nova ordem de Brasília, o deputado e seus parceiros parecem estar longe de sentir o peso de uma punição mais severa.

Câmara dos DeputadosCâmara dos DeputadosO deputado Maranhãozinho: os investigadores queriam prendê-lo, mas Lewandowski disse não

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  1. Partindo do Lewandovski já é esperado, ele e o Gilmarzão encabeçam o que de pior poderíamos ter no STF, ahhh falta o Toffoli, completam o time da impunidade.

  2. reza a "lenda" em Brasilia que o companheiro de galeto na região do ABC e por isto esta no emprego vitalicio é especialista em parar processos de corrupção com politico. Tudo depente da percentagem.....

  3. Reforma já do judiciário. Não a nomeação de políticos, redução no tempo de ministro do STF, leis severas contra a corrupção pública, PF independente....

  4. País quem tem como membro do judiciário o nivel de Gilmar, Toffolli, Lewandowski, Nunes, Noronha, Humberto...não tem justiça.

  5. De tanto vermos triunfar a impunidade de politicos ladroes chegamos a desanimar e achar que realmente, com os politicos atuais, seja quem for eleito PR nao vai conseguir resolver esta questao, pois dependera de um congresso corrupto ao extremo como este canalha do Maranhaozinho e outros sempre apadrinhados do PR de plantao. Basta ser correligionario pra roubar milhoes estar sempre solto, leve e livre, e o povo que tome no furico. NEM LULADRAO, NEM MINTO, MORO PRESIDENTE.

  6. E o senador do "dinheiro sujo"? Tirou umas férias de 120 dias, botou o filho no lugar, voltou e está tudo bem. O importante é "garantir as prerrogativas do estado cleptocrático de direito".

  7. O elemento parece uma vitrine de joalheria,viva a justiça brasileira da impunidade. E o pior é que o povo, a maioria analfabeta funcional tá louca pra votar na continuidade da IMPUNIDADE escolhendo o lulaladrão.

  8. E tudo isso, com a anuência desse governo, que se elegeu na mentira... Para salvar as "rachadinhas", abriram-se as portas do inferno...

  9. Em 11 de maio de 2023 este porco Levianowski vai embora. É assustador a perspectiva de Lula Ladrão ou Bostanaro substituí-lo por outro porco.

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