Senado voltou ao normal, mas Conselho de Ética segue paralisado
07.04.22Já faz um mês que o Senado voltou à rotina como se não houvesse mais pandemia. O presidente da casa, Rodrigo Pacheco, até suspendeu a obrigatoriedade do uso de máscaras. Senadores e funcionários circulam pelos corredores sem restrições e ao menos 14 comissões já funcionam normalmente, com reuniões semanais e presença de convidados. Mas um colegiado, em especial, segue sem funcionar – já são mais de 920 dias de inatividade. É o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, que realizou sua última sessão em 25 de setembro de 2019, seis meses antes de a Covid-19 chegar no país.
A justificativa de Rodrigo Pacheco aos colegas para manter o conselho inativo é o fato de o Senado ainda funcionar no sistema híbrido, com a possibilidade de votações remotas. A decisão beneficia senadores que são alvos de representações por quebra de decoro parlamentar. Respiram aliviados algumas excelências investigadas por corrupção, como Chico Rodrigues, agora na União Brasil, flagrado em 2020 com dinheiro entre as nádegas. Ao todo, há 24 representações paradas na pauta do Conselho de Ética. Entre os alvos estão, ainda, Davi Alcolumbre, também da União Brasil, e Flávio Bolsonaro, do PL.
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