A peneira furada da Odebrecht

21.09.18

Depois da Lava Jato, as empresas do grupo Odebrecht anunciaram ter redobrado os cuidados na área de compliance. Mas, internamente, funcionários se queixam de que o setor só tem servido para fiscalizar pequenos deslizes, além de casos de machismo e homofobia. Denúncias que envolvem altos executivos estariam sendo engavetadas. Um episódio ilustrativo envolve um diretor da Braskem, braço petroquímico do grupo, que aprovou transferências de algumas dezenas de milhões de reais para a Odebrecht. Por ser casado com uma acionista da empresa que recebeu os recursos, ele foi denunciado ao compliance — pela ligação familiar, teoricamente os repasses estariam em desacordo com as normas internas. A denúncia, porém, não andou. Os funcionários que se queixam da suposta seletividade fazem coro às críticas de Marcelo Odebrecht, que há algum tempo está em conflito com o pai, Emilio, e a atual cúpula da empresa. Repetindo palavras usadas por Marcelo em mensagem enviada recentemente a executivos, eles dizem que, apesar da Lava Jato, a companhia tem funcionado como uma “corte de amigos do rei”.

Agência BrasilAgência BrasilA sede da Odebrecht: a área de compliance do grupo é alvo de críticas

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