A outra bandeira do posto

28.09.18

Comandante de Jair Bolsonaro na economia, Paulo Guedes quer “privatizar tudo”, defende o Estado mínimo e diz que pretende levar aos píncaros suas ideias liberais, mas já defendeu propostas bem diferentes no passado. Quando elaborou o plano de governo de Afif Domingos ao Palácio do Planalto em 1989, o banqueiro Guedes criticou seus pares estrangeiros por se beneficiarem da dívida externa elevada, fruto da “exploração” dos brasileiros, e prometeu cobrar de empresas transnacionais sua “parcela na solução do problema”. Escreveu ainda que as estatais deveriam ser fortalecidas “como única forma de o país se emancipar econômica e financeiramente”. Guedes também propôs taxar latifúndios improdutivos, atacou “interesses do capital” e falou em “luta de classes”. E pontificou: “A política econômica de uma nação solidária não deve ser como a de um empório que visa a propiciar lucros no final de um exercício”. O Posto Ipiranga tinha outra bandeira.

Rogério Castro/Estadão ConteúdoRogério Castro/Estadão ConteúdoO economista Paulo Guedes pensava diferente nos anos 1980

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