Divulgação"Existem fortes indícios de uma simbiose entre os movimentos de esquerda radical na América Latina e o crime organizado"

‘A população está subjugada pelo tráfico de drogas’

O especialista em segurança pública Roberto Motta diz que políticos atrapalham a ação da polícia e que o Brasil ficaria mais seguro sem a progressão de regime dos presos
29.07.22

Formado em engenharia, Roberto Motta, de 60 anos, passou a se dedicar ao tema da segurança pública em 2003, quando trabalhou em uma multinacional americana, a Science Applications International Corporation, nas áreas de segurança, inteligência e tecnologia. Nessa função, peregrinou por várias secretarias de segurança, começando pela do Rio de Janeiro. Com um currículo de quase cinco anos como consultor do Banco Mundial, em Washington, Motta se indignava com a rotina dos brasileiros, sempre com medo de serem vítimas de crimes violentos.

Mais tarde, Motta abriu uma empresa de tecnologia de segurança e, em 2009, participou da criação do Partido Novo, com João Amoêdo. Seu envolvimento com a política e a segurança seguiu crescendo até que, em 2018, ele coordenou a transição da segurança pública do Rio de Janeiro, que então se encontrava sob intervenção federal. “Se o brasileiro médio — aquele que ainda se informa pelo noticiário da TV — soubesse o que os policiais sabem, talvez não tivesse coragem de sair de casa”, escreve ele, em seu livro A Construção da Maldade: Como Ocorreu a Destruição da Segurança Pública Brasileira, recém-publicado pela Avis Rara. Segue a entrevista.

 

Dezoito pessoas morreram em uma operação conjunta da Polícia Civil e da Polícia Militar, na quinta-feira, 21, no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Houve uso excessivo da força por parte dos policiais?
Para responder a essa sua pergunta com propriedade, eu precisaria fazer uma investigação. Mas eu não conheço os detalhes da operação. O que eu tenho, isso sim, é acesso às pessoas que a conduziram. Pelo que elas me disseram, não houve excesso algum. O que está acontecendo é o resultado de um processo de décadas, que se tornou mais agudo a partir de junho de 2020, quando o Supremo Tribunal Federal determinou a suspensão das operações policiais no Rio de Janeiro. A cidade sempre padeceu com o fenômeno do domínio territorial por narcotraficantes, mas o poder deles ultrapassou qualquer limite a partir da segunda metade de 2020.

Essa suspensão das operações ocorreu por causa da pandemia de Covid, correto?
Isso começou quando uma deputada estadual do PSOL, pediu a suspensão das operações, dizendo que elas estavam prejudicando o combate à pandemia. Obviamente, uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas a reivindicação dessa deputada foi abraçada pelo PSB. Juntamente com a Defensoria Pública, eles entraram com um pedido no STF. A afirmação de que o trabalho policial atrapalha o controle da pandemia escapa à lógica. Na verdade, as favelas cariocas foram ilhas de insanidade e pontos de rebelião contra as medidas sanitárias. Ninguém usou máscara. Todos os comércios continuaram abertos. Aconteceram bailes funks com milhares de pessoas aglomeradas. Essa fantasia de que existiria algum esforço de combate à Covid que seria perturbado pelos policiais é um insulto à inteligência de qualquer cidadão carioca minimamente bem-informado.

DivulgaçãoDivulgação“O principal fator ao qual eu atribuo a diminuição dos homicídios é a mudança do discurso oficial”
Como a população das favelas vê essa suspensão das ações policiais?
A população está subjugada pelo tráfico de drogas. Seus moradores vivem debaixo de um sistema fascista, totalitário: o regime dos traficantes. É uma vida de horror, de submissão. Significa ter de ceder a filha bonita para um namorado traficante, para evitar que a família dela não seja assassinada. Há alguns dias, circulou um vídeo do espancamento até a morte de uma menina de 13 ou 14 anos, que estava amarrada. Ela foi punida por causa de alguma falta que teria cometido contra o tráfico de drogas. Essa é a realidade das favelas. Qualquer coisa diferente disso é fantasia produzida pelo departamento de marketing do narcotráfico, que tem acesso, pelo volume de dinheiro, a excelentes escritórios de advocacia, à nata da imprensa nacional e à classe artística, que age como relações públicas.

Por que ainda é tão difícil para a polícia entrar nesses bairros?
As favelas foram crescendo como um território sem lei e sem Estado, onde nem os serviços urbanos mais básicos existem. A parte alta do Morro Dona Marta é como uma região remota da África. Não há água encanada, esgoto, gás. Os barracos nem móveis têm e as pessoas dormem no chão. Quando o narcotráfico se instalou nessas áreas, tornou-se o Estado. Atualmente, o governo não consegue alcançar essas pessoas porque há uma resistência de um grande número de políticos, que demonizam a ação do braço do Estado que é a polícia. Eles falam que a polícia mata, que é assassina, até que conseguem suspender suas ações. Ao mesmo tempo, há uma glamorização dos traficantes, que são vistos como vítimas. Então, qualquer pessoa que levante a voz para defender a polícia e o combate ao narcotráfico é fortemente atacada.

O Brasil registrou 47 mil homicídios no ano passado. Foi a menor taxa em uma década. Como o sr. explica essa queda?
Isso ainda merece mais estudos. Quando se fala em homicídios, juntam-se vários crimes no mesmo saco. Há o homicídio do criminoso que mata uma vítima durante um assalto, o bandido que atira em outro numa disputa por ponto de droga, a briga de bar, a violência doméstica. Para entender as causas da queda é preciso fazer um estudo detalhado disso, algo que não acontece no Brasil, com raras exceções. O principal fator ao qual eu atribuo a diminuição dos homicídios é a mudança do discurso oficial do Brasil em relação ao crime, que começou a mudar um pouco antes de o presidente Jair Bolsonaro chegar ao poder, com a intervenção federal no Rio de Janeiro, em março de 2018. Sem qualquer mudança estrutural na área de segurança pública, os homicídios caíram 24% no primeiro trimestre de 2019, na comparação com o primeiro trimestre do ano anterior. Foi uma queda fantástica. Esses números continuam caindo, a ponto de um país que já teve 65 mil homicídios em 2017 ter registrado 47 mil homicídios em 2021. Meu palpite é que isso ocorreu com uma mudança no discurso oficial. Até Bolsonaro assumir, o discurso do governo federal era o de que o criminoso é um pobre coitado que não teve oportunidades na vida.

O criminoso é um pobre coitado que não teve oportunidades na vida?
Não. O criminoso é um ator racional, que fez uma escolha ao cometer um crime. Prova disso é que a maioria deles tem irmãos, que foram criados nas mesmas condições, mas que optaram por uma vida ordeira. Um estudo do economista Pery Shikida com presos do Paraná mostrou que entre as motivações do crime estão a influência de amigos, a cobiça e o vício. Ninguém rouba para comer. Mas o dado mais interessante encontrado por Shikida é que 50% dos criminosos tinham imóveis registrados em seus nomes no momento do crime. Ora, nenhum pobre coitado que não teve oportunidades na vida tem um imóvel.

Arquivo pessoalArquivo pessoal“Nenhum pobre coitado que não teve oportunidades na vida tem um imóvel”
O que se sabe da relação entre política e tráfico?
Eu sei do envolvimento do regime venezuelano com o tráfico de drogas. Em 2020, o FBI ofereceu recompensas de milhões de dólares por informações que levassem à prisão de vários membros da ditadura. A Bolívia já foi governada pelo presidente do sindicato dos cocaleiros, Evo Morales. Enfim, existem fortes indícios de uma simbiose entre os movimentos de esquerda radical na América Latina e o crime organizado. Não espantaria ninguém constatar que essas ligações chegaram ao Brasil. Se você olhar a atuação dos parlamentares de esquerda e de extrema-esquerda, verá que eles têm feito uma defesa consistente dos direitos dos criminosos, para dar benefícios a eles e obter o abolicionismo penal, que seria o fim das prisões. Esses parlamentares, ao lado de uma constelação de ONGs e de entidades ligadas à advocacia criminal, exercem um lobby ferrenho para barrar qualquer projeto de endurecimento da legislação penal.

Semana passada foi notícia o caso de um membro do PCC, que comprou uma arma com um registro de CAC, para colecionadores, atiradores desportivos e caçadores. Quem errou nessa história?
Isso é algo que me causa espanto, porque para conseguir uma licença dessa é preciso passar por um processo muito difícil e complexo. O candidato tem de ter emprego fixo, residência fixa. Mas, no Brasil, tudo acontece, tudo é possível. Mesmo assim, ainda acho que esse é um caso irrelevante, que não faz diferença. Mais relevante é o caso do cidadão com CAC que frustrou um assalto a um restaurante em São Paulo, um exemplo perfeito do que pode fazer um cidadão armado e treinado.

Esta semana, foram revelados mais três casos, em três estados diferentes, de laranjas que compraram armas para membros do PCC. Por terem o CAC, eles estariam adquirindo as armas a um preço 65% mais baixo que o do contrabando. Não seria o caso de melhorar a investigação sobre quem pretende comprar armas?
Duvido que eles agora vão adotar uma estratégia de usar laranjas para comprar armas legalizadas, quando podem recorrer ao contrabando, que sempre forneceu armas a eles. O número de armas legais apreendidas é totalmente insignificante.

Se o sr. pudesse mudar alguma coisa na legislação brasileira para melhorar a segurança pública, o que faria?
Acabaria com a progressão de regime dos presos. Se o sujeito for condenado a dez anos, então que ele cumpra dez anos atrás das grades. Essa medida, de um dia para o outro, mudaria nossas vidas. Mais de 80% dos bandidos que estão andando neste minuto pelo Brasil em busca de uma vítima já foram presos e não cumpriram sua sentença até o fim. Eles receberam o benefício da progressão de regime e voltaram para as ruas. Se a progressão de regime for abolida, eles saberão que terão de cumprir a pena até o fim, o que os fará pensar muito antes de cometer um crime. Além disso, enquanto estiverem nas prisões, eles não irão matar, estuprar ou sequestrar. É assim que as democracias ocidentais funcionam. A exceção é o Brasil. No Rio Grande do Sul, há até casos de juízes que permitiram que homicidas começassem a cumprir a pena em regime aberto.

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  1. Matéria vergonhosamente tendenciosa. Fala muito do tráfico, mas nem uma palavra sobre a bandidagem das milícias apoiadoras de seu mito que dominam grande parte dessas comunidades. Afinal, a simbiose do crime com o tráfico em tudo se assemelha à do crime com as milícias. O fato é que o governo municipal empreende, desde o final dos anos 70, um sério programa de urbanização dessas comunidades, garantindo-lhes água, luz, esgoto, remoção de lixo, etc. Acho que o autor nunca pisou em alguma favela.

  2. Progressão de pena pra latrocidas e autores de outros crimes igualmente hediondos, é coisa do garantismo da justiça brasileira e dos direitos humanos do bandido. É coisa de sociedade atrasada, arcaica e que não valoriza a vida dos cidadãos de bem, mas defende os direitos humanos dos latrocidas e dos que optam por viverem à margem da lei. Simples assim.

  3. O tráfico hoje é quem financia boa parte do congresso nacional de políticos canalhas, patifes e vagabundos, ladrões fdp, indígnos de serem homens públicos e que representam o povo. Mas também o povo ou vota em qualquer um bandido, ou não vota, ou seja, ou erra por ação, ou por omissão, e acham que fizeram o bem para si e a sociedade. O resultado é que continua os bandidos sendo eleitos e reeleitos sempre.

  4. O Roberto Motta é bolsonarista? Concordo com alguns pontos da entrevista, mas noutros, ele explica “á la Bolsonare”. Ruim!

  5. Se deixassem a polícia fazer e cumprir o seu papel que é de dar segurança a população e a justiça de condenar e o condenado cumprir sua pena muita coisa melhoraria .

  6. Um bolsonarista não assumido, defende o armamento da população CAC. "Um exemplo de cidadão armado, bem treinado, que frustrou um assalto"

  7. Perfeita a entrevista e esclarecedora, faltou citar a tese abolicionista que na prática já vivenciamos.

    1. Ele é contratado da Jovem Pan News. Isso explica porque ele não vai à Globo.

  8. Muito esclarecedora a entrevista. Nada como perguntar pra quem sabe. Infelizmente até as caisas politicamente corretas são desvirtuadas e resultam nesse Estado ineficiente.

  9. Ótima entrevista. Bandido bom é bandido morto e os morcegões do stf deviam subir os morros ao invés de darem ouvidos para políticos mal intencionados. a população é quem sofre no meio dessa esbórnia.

  10. Uma entrevista como essa é esclarecedora para que saibamos como um dos lados que mais mata pessoas em comunidades pensa. Progressão de regime é um direito humano, estampado em pactos internacionais, não é sinônimo de não cumprimento de pena. O desaparelhamento do judiciário e polícias e mais discursos como o desse senhor são mais perigosos do que qlq criminoso neste país. Democracia para quem precisa dela!

  11. O difícil vai ser achar tanta vaga em presídio para essa população carcerária crescente. Agora, se a gente também punir com o mesmo rigor os agentes públicos e políticos, seria melhor, colocar a população de bem, protegida atrás das grades...

  12. Perfeita opiniao sobre assunto criminal. A politica de penas criminais severas inexiste em razao de interesses politicos, pois tais alteracoes de penalidades os atingiriam, em razao de suas falcatruas cometidas no exercicio de seus mandatos.

  13. Parabéns pela coragem, tanto do entrevistador qto do entrevistado! Ñ concordo c algumas coisas q ele disse: acho nossa polícia violenta, a história do membro do pcc -um caso preocupante q ele minimizou-, o homem q frustrou o assalto ao restaurante -sou dessas q acha q qqr pessoa armada é um perigo, receita de tragédia em algum momento...- a parte da redução de homicídios pelo discurso oficial, ñ entendi (😬). Mas qdo fala da vitimizaçao dos traficantes, das penas... concordo, merece ser lido!

  14. Texto com algumas informações interessantes, como a decisão insana do STF sobre incursões na favela, nesse ponto estou de pleno acordo. Porém acho estranho ele dizer que que o desvio de armas de CACs para o crime é insignificante, mas enaltece um CAC que frustrou um assalto. Por que esse um CAC é significativo? Tem mais exemplos disso? Dou o contra-exemplo do presidente da república que, armado, foi assaltado e teve sua arma roubada. Nesse ponto o texto parece mais ideologia do que fatos.

  15. O especialista falou a verdade que ninguém quer ver o a imprensa comprada não revela, somente duas questões: a) Sobre quedas de Homicídios, as facções criminosas determinou que não pode haver morte entre ladrões, para matar tem que pedir autorização, senão quem matou morre, documentário recente PCC, poder secreto revela bem isso b) Sobre relação partidos de esquerda e tráfico/sequestro, documentário antigo Sequestro Filme Divisão Anti Sequestro Polícia Civil SP , relata bem isso, já de inicio

  16. Fala coisas certas, como sobre o fim da progressão de pena. E, como bom bozista, que demonstra ser, fala a estultice sobre o cidadão armado ter frustrado um assalto. O que o lunático metido a Charles Bronson fez foi, sem nenhum preparo, intervir num caso onde havia reféns, expondo-os de forma totalmente irresponsável. Será que um mínimo de bom senso não voltará a existir no Brasil? Será sempre um direita x esquerda recheado de parte a parte por corrupção, mentiras, fanatismo e sandices?

    1. Renato, Lendo a maior parte dos comentários de nossos amigos leitores, a mensagem é clara: estamos perdidos, seja qual for o lado que se escolha...

  17. Que além da pena de prisão com o cumprimento total, que seja amputado os dedos polegar e indicador da mão utilizada para acionar a arma de fogo, tirando à possibilidade de reincidência no crime.

  18. Boa entrevista, mas fiquei com uma dúvida.O que combater primeiro, o crime nas favelas ou no Congresso e Ministérios em Brasília?!

  19. Excelente entrevista e entrevistado. A vítima somos nós, brasileiros honestos, que trabalhamos duro para ter um celular ou carro roubado por ladroēs que são considerados “coitadinhos” pela esquerda festiva. E não venha dizer que sou bolsonarista: não sou, mas também não voto em ladrãozinho sem vergonha que mora e tem bens que são “dos amigos”. Pobre Brasil!!!! 🤬🤬🤬🥵🥵🥵🇧🇷🇧🇷🇧🇷

  20. Como sempre, esse entrevistado trabalha com a desonestidade intelectual. A ideia de abolir a progressão de pena é boa, aliás a única coisa que faz sentido na entrevista. Me admira a Crusoé, que eu gosto muito, entrevistar um propagandista de aluguel.

    1. Trabalhei esta área por 25 anos, tenho propriedade para dizer que não falou nada de errado. A propósito, qual sua profissão? O mau do Brasil é isto, qq um acha q entende de segurança pública e cargos chaves da segurança tem indicação politica para piorar

    2. Ele tem toda a razão. É um absurdo a progressão de pena. Se errou, praticou o crime, tem que pagar. Imagina uma mãe que perdeu a filha nas mãos de um maldito assassino, receber a notícia de que o mesmo já está solto, vivendo livremente. É revoltante. Excelente matéria Crusoé!

  21. Falou e disse. O crime organizado já expandiu seus tentáculos em todos os poderes. Conclusão lógica do que acima foi exposto. Às séries mexicanas sobre narcotráfico, SMS, são inspiradas no Brasil. . Estou assistindo Preso n. 1. Confiram

  22. A pena de morte em casos específicos deveria ocorrer, como na ocorrência dessa menina, morta a pauladas. As prisões, deveriam gerar lucro ao estado. Criminosos deveriam trabalhar e produzir riquezas ao país. Prisões perpétuas deveriam ocorrer com trabalhos em presídios industrias. O país lucraria muito. Rapidamente, haveria uma queda na criminalidade. O potencial criminoso se sentiria desestimulado, pq uma vez alcançado, haveria o rigor da lei o aguardando. Não perco a esperança no Brasil!

  23. Aqui no Ceará fala-se abertamente que o governo abandonou as periferias dominadas por facções que governam de fato algo tão óbvio que expulsam pobres de suas casas à vista de todos e fuzilam aos que proibem de entrar em seus redutos como mostrou a imprensa ainda livre .. o candidato do ladrão mor em ataque ao favorito do povo o acusa de motim por ser policial algo que a ridícula Assembléia do Estado numa CPI imoral e a mando dos donos puniu muitos policiais cujo "crime" foi combater criminosos.

    1. Para não dizerem que menti eis aí no link matéria sobre o assunto ... https://mais.opovo.com.br/jornal/cidades/2021/07/05/guerra-sem-fim--comunidade-inteira-e-expulsa-por-faccao-em-fortaleza.html ... OUTRA ... https://mais.opovo.com.br/jornal/cidades/2021/07/05/guerra-sem-fim--comunidade-inteira-e-expulsa-por-faccao-em-fortaleza.html

  24. A matéria é realista e coloca luz sobre muitos mitos e falácias sobre as comunidades (termo amenizado de favela) e sua situação de submissão total aos criminosos.O que fizeram os eleitos oriundos destas favelas? Baniram os criminosos? Em pleno século XXI, temos nas favelas um regime feudal, absolutista e baseado na força e na escravidão das pessoas honestas, laboriosas e respeitadoras da lei que vivem lá, quando não servem de escudos humanos e de panfletagem abjeta contra a Polícia e o Estado.

  25. Fim da progressão da pena e penas mais rígidas fariam uma enorme diferença. Mais investimentos na área de segurança pública, na construção de presídios de segurança máxima e na implementação de colônias agrícolas ou outras atividades de recuperação e reintegração do preso á sociedade como alternativa à detenção pura e simples. O traficante não é vítima. O morador da comunidade é a grande vítima! E o morador do Rio é o maior refém, pois tem q lidar diariamente com situações q o colocam em perigo

  26. Sou moradora do Rio desde que nasci, há 70 anos. Convivo diariamente com moradores de comunidades porque em todos os bairros do Rio há sempre uma ou mais de uma comunidade. Além do mais, a maioria dos prestadores de serviços moram em comunidades. Há muito tempo não lia uma entrevista tão realista da situação do Rio! O quadro pintado é exatamente esse. A população mais carente é refém do crime organizado e não há traficante coitadinho, vítima do capitalismo selvagem! O tráfico afeta toda a cidade

  27. Quando a população das favelas é vítima do tráfico, os jornais não noticiam, os artistas não se indignam. Mas, pelo jeito, veio gente paga aqui comentar pra tentar desmerecer esse artigo. Vocês fazem parte das mortes e abusos que acontecem com essa população tão sofrida das comunidades do Rio de Janeiro!!!

  28. Ah, os fatos, tão teimosos… A poesia da ideologia não tem muito poder diante deles. O autor falou tantas coisas que quem bate papo com morador de favela está careca de saber! Pessoas desaparecendo, execuções cometidas pelo tribunal do tráfico, moradores que se mudam sob ameaça, para que suas crianças que cometeram pequenas infrações não sejam mortas… O pessoal dos direitos humanos não está nem aí pros moradores, se as infrações forem cometidas pelo tráfico.

  29. O aumento da violência ao longo dos anos é uma consequência direta da incompetência dos governos em permitir que o narcotráfico se multiplique em termos exponenciais pela falta de atuação de um bom serviço de inteligência e um insignificante efetivo de policiais militares em todos os estados da federação, mal remunerados e sem armas pra enfrentar a guerra.

  30. Frequentemente culpa-se os receptadores por receber mercadorias roubadas. Mas não vemos ninguém (imprensa, artistas, intelectuais) criticando o consumidor das drogas, que alimenta esse mercado. Por que será?

    1. Enquanto houver consumidor haverá droga. De grande ou pequeno potencial de viciação. Os brancos, urbanos e de classe média e alta são doentes mentais que entraram por sua doença na drogadiçao; os feios pobres e que moram longe são os criminosos. Esquizofrenia pura da sociedade

    2. Falou o que eu estava aqui a pensar..,trafica o que é amplamente consumido. Não se fala disso, do principal elo da corrente, quem consome drogas.

  31. Uma parte do que fala eu concordo, mas minimizar algumas constatações de “laranjas” e “descontrole do controle” de armas, é demais. Não me parece um cara isento, um estudioso de dados. Esse cara tem ideologia, escolham melhor seus entrevistados para não descredibilizar este veículo.

    1. Que preconceito Pedro, o fato de ser Engenheiro não desqualifica ninguém, muito menos o Roberto Motta que têm experiência em segurança. Ele revela com clareza que a qualidade do serviço que os partidos de esquerda prestam ao Narco-Tráfico é muito melhor que as dos de direita (Paraguai, Bolso-Milícia). Somos um Narco-Continente, o Narco-Tráfico escolheu Lula, o Prerrogativas, a grande mídia e alguns bancos também, por puro interesse no PIB da droga!

    2. Ora, me poupe! Na sua concepção apenas cientistas sociais teriam condições de discutir temática social? Qualquer morador do Rio é PHD em criminalidade e seus efeitos na vida cotidiana da cidade. Mesmo porque a maioria dos bairros tem uma ou mais de uma comunidade e um grande número de prestadores de serviços moram nessas comunidades, tornando a relação asfalto-morro intrínseca e inevitável. A entrevista é o retrato fiel da atual situação do Rio!

    3. Ok, esqueçamos as temáticas sociais sensíveis de Os Sertões, do engenheiro Euclides da Cunha então

  32. Arábica montada, flagrantes montados. Típico de policial bandido. Folo de blitz de trânsito. Aí vem a propina, chantagem e ,,, paga paga e vai embora.

  33. A polícia brasileira, em especial a de trânsito e as AMC são corruptas, despreparadas, bandidos, "comedores de propinad". Infelizmente já paguei para não uma infração menor potencializada. Não diz respeito a alcoolismo, mas uma entrada inadvertidamente é não intencional numa contra mão.

  34. Concordo com muito do que o entrevistado disse, mas discordo que o posse de armas traga mais segurança. Qualquer pessoa bem treinada pode ser pego de surpresa e ter sua arma roubada. Ter arma é uma falsa sensação de segurança, vide como exemplo o próprio Bolsonaro que sofreu assalto e teve a arma levada.

  35. Gostei da entrevista. Aqui no país, é fato corriqueiro a vitimização do criminoso violento, principalmente quando ligados ao tráfico de drogas. Como essa percepção é maior entre os eleitores da esquerda radical, o entrevistado não faz muito sucesso. Claro, óbvio, favorecer o acesso às armas à população civil, só agravaria o problema.

  36. Relação de causa e efeito: Na década de 60 havia abundância de empregos e baixíssima criminalidade. Subdesenvolvimento tecnológico , incompetência empresarial = Desemprego. O tráfico de drogas é o maior empregador : gerentes, passadores , guardadores ( armas e drogas ) transportadores ( drogas e dinheiros ); Pagam aluguéis para usar a residências como " depósitos " etc. Usam a tática usada pela Máfia dos caça níqueis : pagam aluguéis e comissões etc

  37. Até tentei ler, mas não consegui chegar nem na metade, tamanha a quantidade de coisas incoerentes que ele coloca, generaliza alguns assuntos, péssima entrevista. Não conheço ele, um dos fundadores do partido Novo? Se eu soubesse disto não teria votado no Amoedo na eleição passada.

  38. A entrevista estava indo bem até o ponto quando o entrevista disse duvidar que laranjas sejam usados pra comprar armas por criminosos. Ele pode duvidar a vontade. Faz parte do negacionismo bolsonarista. Mas há investigações em curso em 3 Estados. Há fatos objetivos. Depois disso, percebi dois outros erros de raciocínio do entrevistado: ele atribuir à queda na taxa de mortes violentas ao mero discurso de Bolsonaro (não faz o menor sentido) e dizer que o fim da progressão de regime impede o crime

  39. A polícia brasileira, no geral, tenta compensar seu despreparo, sua incompetência com truculência. Some-se a esse quadro uma dose generosa de corrupção e temos esta situação trágica em que vivemos. Precisamos capacitar uma nova geração de policiais e expurgar essa grande banda podre da polícia para termos resultados concretos na luta contra o crime. Lei e ordem não são sinônimos de brutalidade e violência e sim de trabalho profissional técnico e dentro da lei.

  40. A taxa de homicídios por 100.000 habitantes no Brasil é 12 vezes maior que na India. Será que a pobreza e a desigualdade realmente têm essa influência toda que as esquerdas querem nos empurrar goela abaixo?

  41. Nem vou perder o meu tempo lendo isso. Esse sujeito trabalha na TV BOLSONARISTA Jovem Pan News. Trabalha com aqueles vendidos do Augusto Nunes, a Tia do Vôlei, o Guilherme Fiúza, o Rodrigo Constantino....essa gente não tem credibilidade alguma.

  42. Boa entrevista. Concordo com muitos pontos que ele cita e independente se ele é a favor do uso de armas, mais a sugestão dele para o fim de progressão de pena é algo simples que não é feito por falta de vontade política.

  43. Pode ter alguém nessa matéria faltando com a verdade. Ou bem enganado. O STF jamais proibiu incursões da polícia nas favelas ou comunidades. Jamais. O que fezbfoi condicionar tais operações à comunicação ao Ministério Público, de forma que seus Promotores possam acompanhar e fiscalizar a legalidade de tais operações. E, assim, conferir se quem é preso chega na delegacia, se o material apreendido chega integralmente na DP ou some misteriosamente, e assim por diante.

  44. Pode ter alguém nessa matéria faltando com a verdade. Ou bem enganado. O STF jamais proibiu incursões da polícia nas favelas ou comunidades. Jamais. O que fezbfoi condicionar tais operações à comunicação ao Ministério Público, de forma que seus Promotores possam acompanhar e fiscalizar a legalidade de tais operações. E, assim, conferir se quem é preso chega na delegacia, se o material apreendido chega integralmente na DP ou some misteriosamente, e assim por diante.

  45. Pode ter alguém nessa matéria faltando com a verdade. Ou bem enganado. O STF jamais proibiu incursões da polícia nas favelas ou comunidades. Jamais. O que fezbfoi condicionar tais operações à comunicação ao Ministério Público, de forma que seus Promotores possam acompanhar e fiscalizar a legalidade de tais operações. E, assim, conferir se quem é preso chega na delegacia, se o material apreendido chega integralmente na DP ou some misteriosamente, e assim por diante.

  46. Não tenho uma ínfima parte de seu conhecimento e formação. Mas já antecipei (ou vi) ainda na década de 1990 uma Mexicanização do Bananão. Temos as Favelas com seus "chefes", glamourização de ÇertaNojos, Coachs etc. .. A coisa assumiu uma certa normalidade. ... Faz parte da paisagem.

    1. Estou achando isso também: um delírio infeliz.

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