As orelhas de Gilmar ardem

18.05.18

Há um profundo desconforto no Supremo Tribunal Federal com as recentes decisões do ministro Gilmar Mendes de mandar para casa Paulo Preto, suspeito de operar o recebimento de propinas para o PSDB, e Milton Lyra, investigado por suas relações íntimas com a cúpula do MDB. Em conversas reservadas e em tom queixoso, ministros dizem que, por causa de um integrante, o tribunal inteiro acaba acusado injustamente de decidir com dois pesos e duas medidas nos casos importantes que envolvem políticos e seus operadores – rigoroso com alguns personagens de um lado da cena política e leniente com outros. Pelo menos três dos onze juízes concordam em um ponto: com os demais poderes sob suspeita, o Supremo deveria aproveitar a oportunidade e marcar seu lugar na história como o grande protagonista do fim da impunidade no Brasil. Sem desvios.

Adriano Machado/CrusoéO plenário do Supremo: desconforto com a decisão de libertar Paulo Preto (Adriano Machado/Crusoé)

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