A encruzilhada de Bibi
Ao longo dos treze anos em que ocupou o cargo de primeiro-ministro, Benjamin “Bibi” Netanyahu construiu a imagem de “Senhor Segurança”, alguém indispensável para que os israelenses pudessem viver em paz, sem medo das ameaças de grupos terroristas ou ditadores da vizinhança. “A popularidade de Bibi está diretamente ligada à sua política externa. Seu discurso afirma que o país está em um permanente estado de guerra e que só ele pode proteger a população”, diz o cientista político Guilherme Casarões, professor da Fundação Getúlio Vargas. É com essa credencial que Netanyahu disputa as próximas eleições, marcadas para 9 de abril. Na área externa, o primeiro-ministro tem contado com o apoio incondicional do presidente americano Donald Trump e do brasileiro Jair Bolsonaro, que visitará o país entre 31 de março e 2 de abril. Seu futuro político, contudo, dependerá muito mais do andamento dos processos contra ele na Justiça, da repercussão dos foguetes lançados pelo grupo terrorista Hamas e do êxito de partidos nanicos.
No roteiro de Bolsonaro está incluída uma visita ao Muro das Lamentações, na companhia de Netanyahu. Como o lugar sagrado fica em Jerusalém Oriental, reivindicada pelos palestinos, ele não costuma ser muito visitado por líderes mundiais com o primeiro-ministro. Bolsonaro não pretende também ir a Ramallah, capital da Cisjordânia, onde fica a sede da Autoridade Palestina. Está fechadíssimo com Bibi. Empolgados com as promessas de Bolsonaro feitas durante a campanha no ano passado, alguns israelenses nutrem a expectativa de que ele anunciará a mudança da embaixada brasileira para Jerusalém. A decisão tem encontrado resistências dentro do governo brasileiro. Na quinta-feira, 28, o presidente brasileiro apenas sugeriu abrir um escritório de representação comercial na cidade histórica.
Os Estados Unidos são um dos principais cabos eleitorais de Bibi. “Os israelenses em geral enxergam a relação excelente entre Netanyahu e Trump como uma boa razão para manter o primeiro-ministro no poder”, diz o analista de opinião pública israelense Mitchell Barack, da agência de pesquisas Keevoon Global Research. Em seus dois anos de mandato, Trump já retirou os Estados Unidos do acordo nuclear entre as potências mundiais e o Irã, país que foi caracterizado por Netanyahu como a maior das ameaças a Israel. Além de mudar a embaixada americana para Jerusalém, Trump reconheceu na segunda-feira, 25, em um encontro com Netanyahu na Casa Branca, a soberania israelense sobre as Colinas de Golã. Esse território elevado, no norte do país, faz fronteira principalmente com a Síria, mas também com o Líbano e a Jordânia.
Na Guerra dos Seis Dias, em 1967, tropas e tanques sírios que estavam estacionados nas Colinas de Golã, então território sírio, invadiram Israel, sob os auspícios da então União Soviética. Os israelenses rapidamente entraram em ação e botaram os sírios e demais árabes para correr. Por ser uma área de onde seria possível lançar novos ataques contra Israel, o governo decidiu manter seus soldados por lá. Em 1981, o Congresso israelense estendeu as leis do país para as Colinas de Golã. Foi uma forma de anexação, apesar de o Conselho de Segurança da ONU ter reagido, dizendo que a decisão israelense era nula e sem efeito. O reconhecimento americano não muda em nada a realidade dos que lá vivem, principalmente agricultores, muitos deles descendentes de sírios. Trata-se sobretudo de um movimento de alto valor simbólico. E eleitoral. Com ele, Trump manda outra mensagem de que as rusgas entre Netanyahu e seu antecessor Barack Obama são coisa do passado e o comprometimento dos Estados Unidos com o atual primeiro-ministro é total.
A outra sombra é a da política. Com Netanyahu dominando o debate, vários outros partidos, ainda que com diferentes ideologias, uniram-se com o propósito de tirá-lo do poder. O partido que hoje disputa com o Likud a possibilidade de formar uma coalizão governista é o Azul e Branco, um amontoado de siglas de direita, centro e centro-esquerda e sem plataforma clara. O líder do Azul é Branco é Benny Gantz, um general reformado que comandou um ataque militar à Faixa de Gaza em 2014. “A disputa eleitoral é entre Bibi e os que não são Bibi. Isso explica como Gantz foi capaz de atrair eleitores tanto da direita quanto da esquerda. Todos querem tirar Netanyahu”, diz a cientista política israelense Yael Shomer, da Universidade Tel Aviv.
Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.
CHEGA DE GUERRA / SE CADA TERRÁQUEO REFLETISSE UMA VEZ AO DIA SOBRE A MORTE/ AS NOSSAS VIDAS SERIA MAIS LEVE.
Derrota de Bibi é o sonho da esquerda e do jornalista padrão-soviet brasileiro!!!
BIBI NÃO TEM ADVERSÁRIO. JÁ GANHOU
O Guarda de Israel é Deus Pai, e Bibi é um Estadista de Primeira. Adoro rever seus duros discursos contra a comunista, onu.
A imprensa brasileira tem respeito aos palestinos ou medo mesmo, a ponto de fazer de tudo para não desagrada-los?
Acredito que esse jornalista também sabe fazer tricô, crochê e bordado, já que prefere uma linguagem de comadre.
Espero que dentro dessa visita, tenha além da cordialidade, construir meios de alcançar conhecimentos, tecnologias em vários setores que esse País possue trazendo para o Brasil.
Será maravilhoso ver nosso povo BRASILEIRO poder cultivar mais tecnológicas com nossos irmãos Israelenses.
Seria necessário escrever um outro artigo para apontar as incorreções deste. Do autor e das pessoas citadas . Registro apenas uma, TODOS os chefes de estado e autoridades que visitam Israel visitam o Muro Ocidental ( ou Das Lamentações ) . Se Crusoé não tem condições de tratar de assuntos internacionais com a mesma qualidade com que trata os assuntos nacionais, é melhor calar .
Charutos, joias e champanhe. Bibi é um novato no mundo da roubalheira. Precisa fazer um estágio no PT.
kkkkk Muito boa essa
Verdaaaaddee!!! Chama o Ministro Israelense para jantar com FHC, SARNEY, COLLOR, LULA , GLEISI, E TODOS OS LADRÕES DO PT QUE EXALANDO PODRIDÃO QUEBRARAM O BRASIL! O Ministro vai aprender na maior niversidade do roubo que charutos e jóias são dados aos garis do "Planalto"! kkkkkkkkk
Kkkkkkkkkkkkkkk. Excelente observação.
Rapaz, se charutos e jóias fossem motivo de acusação de corrupção aqui no Brasil heim?
Que inveja! Viram o que é um país sério? Netanyahu está sendo processado por ter recebido de presente charutos, joias e champanhe, de empresários. Será que o promotor acusador não teria um infarto, ao saber dos BILHÕES roubados/desviados/doados, do erário brasileiro por um certo presidente e sua sucessora, de um certo partido de esquerda? Por sobre o acerto do posicionamento político e estratégico de JB, tem tecnologia e know how israelenses para o Brasil. E teve o Mossad...
Drusius, perfeito seu comentário.
Bibi deve ser o apelido da mãe do repórter.
Se vc lesse mais, saberia que boa parte da mídia menciona o Nataniel com este apelido (Bibi=Binjamin).
Só pode! É muita falta de respeito com o Ministro !
Se esse Benny Gantz ganhar, ele deve fazer coalizão com os mesmos partidos da base de Netanyahu, ou seja no fim das contas, tudo deve continuar igual.
...Nosso nordeste no passado abrigou judeus foragidos que ao longo do tempo miscigenaram-se com a nossa raça, nossa religião e nossa cultura. Hoje Israel poderá ajudar esses descendentes que amargam a seca em um ambiente hostil e ajudar o progresso destes irmãos.
Mesmo não sabendo disso antes, eu sempre torço pra que Israel ajude o JB no "tocante" à seca que amargam nossos irmãos nordestinos.
Bolsonaro está sendo pragmático ao extremo em sua relação com Israel. Que outro país do mundo pode nos oferecer tanto neste momento em parcerias de negócio, tecnologia, educação e em práticas avançadas para a melhora da qualidade de vida em ambiente hostil. Também ha algo que muitos tentam não ver que é a proximidade afetiva entre os dois povos. Israelenses sempre tiveram grandes oportunidades no Brasil. Nosso nordeste no passado abrigou judeus foragidos.....
Márcia, não havera perda alguma. Veja os números. Os países árabes que ameacaram patar de comerciar conosco representam 1digito percentual do nosso comércio externo. Venderemos para a China, mais e melhor.
Márcia, não havera perda alguma. Veja os números. Os países árabes que ameacaram patar de comerciar conosco representam 1digito percentual do nosso comércio externo. Venderemos para a China, mais e melhor.
Sim mas como Israel equilibraria a balança comercial com a perda enorme que teríamos?
Pertinente Exato.
Duda Teixeira. não concordo com tudo que escreveu. mas devo parabenizar o trabalho de cobrir um assunto tão importante. Crusoe por favor mais cobertura com assuntos internacionais
A atual relação do Brasil com Israel é extremamente saudável e necessária pois o presidente #Bolsonaro está pensando no futuro, e não de forma míope, aliás sou a favor de #Israel.
Francamente não acho legal que jornalistas usem termos como: BIBI BOZO Considero uma grande falta de profissionalismo. relembro mais uma vez que o presidente francês Manoel Macrom, corrigiu um jovem que o chamou de Manu . Ele disse: vc está se dirigindo ao Presidente. E é assim que TB penso.
lenah, pra que tanta amargura.Tente ser mais positiva e menos pessimista
Chamam o Presidente de bolsona, bozo e tantas adjetividades? Turma da "pátria educadora ". SR PRESIDENTE. Respeito painho!!!
Nada a ver aí em baixo. O passado é de Tancredoe seu sobrinho. EM cima do muro é toma lá dá cá Parabéns staff Bolsonaro e EB.
Bolsona osro prestes a cometer nova tolice, que sairá cara para o nosso país. A neutralidade é o mellhor caminho, e está mais do que na