Lobby pró-Centrão

05.04.19

O esforço de Rodrigo Maia e de Paulo Guedes para que Jair Bolsonaro tope uma relação mais amistosa com os partidos do chamado Centrão é só a ponta aparente de uma articulação que, nos bastidores, tem sido apontada como crucial para a aprovação da reforma da Previdência. “Sem o PP não tem reforma”, cravou Rodrigo Maia dias atrás, em conversa reservada. O PP, vale sempre dizer, foi um dos protagonistas do mensalão e do petrolão e, repetindo o script que adotou na era petista, não esconde o desejo de ocupar no atual governo cargos com orçamentos polpudos. Chefões do partido, os deputados Arthur Lira e Aguinaldo Ribeiro colaram em Maia. Acreditam que, por intermédio dele e com a ajuda de Paulo Guedes, Bolsonaro se convencerá de que a aliança é necessária. Nesta quinta-feira, 4, o presidente recebeu dirigentes do PP e de outros partidos. Tentou apaziguar a relação e pediu desculpas pelas “caneladas”. Mas não está claro, ainda, se ele se dobrará aos apelos por cargos. Em tempo: o próprio Bolsonaro foi filiado, durante anos, ao PP.

Adriano Machado/CrusoéAdriano Machado/CrusoéPara Maia, o governo precisa abrir espaço para partidos como o PP

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