Os bastidores do desmentido papal

15.06.18

A falsa notícia de que o papa Francisco teria enviado um terço de presente para Lula pegou o Vaticano e alguns cardeais brasileiros desprevenidos. Logo após os assessores do petista espalharem a história, houve uma corrida para tentar esclarecê-la. O temor era óbvio: o de que o suposto agrado a Lula, condenado por corrupção, pudesse afetar a imagem do papa em um dos países com maior concentração de católicos do planeta.

O Vaticano, de início, recomendou prudência a quem perguntava se era verdade que o papa havia enviado o presente. A ideia era checar a informação diretamente com Francisco. A Crusoé, uma integrante do staff de comunicação da Santa Sé tratou de jogar o problema para bem longe: “Pergunte diretamente a Juan Grabois”, respondeu, referindo-se ao advogado argentino (“assessor do papa”, na versão dos assessores de Lula) que teria levado o presente para o ex-presidente em Curitiba.

Horas depois, tudo ficou esclarecido. À diferença do que os petistas propalaram, Grabois foi à capital paranaense por iniciativa própria e, além disso, Francisco não mandou presente nenhum para Lula. Quanto ao terço, daqueles que turistas compram em lojinhas do Vaticano, os auxiliares do papa informaram não saber nem quando nem em que ocasião ele teria sido abençoado pelo pontífice. A mentira da vez dos petistas, desta feita envolvendo o nome do papa, foi desmontada em horas. Uma parte do clero brasileiro — aquela que não reza pela cartilha do PT — respirou aliviada com o desmentido oficial.

O terço que chegou para Lula: daqueles que turistas podem comprar nas lojinhas do Vaticano (Reprodução)

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
Mais notícias
Assine agora
TOPO