Divulgação"Muito da reação da imprensa americana foi porque entre 75% e 90% dos jornais odeiam Bolsonaro"

O ambientalista atômico

O americano Michael Shellenberger diz que a crise em torno das queimadas na Amazônia foi exagerada e defende que a melhor maneira de se proteger do aquecimento global é apostar no desenvolvimento
13.09.19

O ambientalista californiano Michael Shellenberger foi uma das raras vozes nos Estados Unidos a expor as incongruências da imprensa estrangeira e das celebridades ao tratar das queimadas na Amazônia. Em artigo na revista Forbes, intitulado “Por que tudo o que eles falam sobre a Amazônia, inclusive que ela é o ‘pulmão do mundo’, está errado”, Shellenberger se contrapôs a Leonardo DiCaprio, Madonna, Cristiano Ronaldo e a órgãos de imprensa como a CNN e o New York Times. Ainda que não tenha conseguido debater o tema diretamente com os famosos, seus comentários atraíram dezenas de milhares de brasileiros, que passaram a segui-lo no Twitter.

Shellenberger, de 48 anos, usa de apuração in loco e de entrevistas com especialistas para denunciar o que ele classifica como ideias estereotipadas dos autodenominados defensores da natureza. Para ele, muitos dos equívocos se devem a um olhar mitificado sobre a Amazônia. “Como se trata de uma área muito extensa e que em grande parte não foi explorada, ela acabou se tornando uma tela gigantesca em que as pessoas projetam seus medos e suas esperanças. E a imagem mais comum é a do Jardim do Éden”, disse ele a Crusoé.

O americano já esteve no Brasil algumas vezes nos anos 1990. Nessas viagens, estudou um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, o MST. Ao entrevistar pequenos agricultores, constatou que todos queriam que seus filhos fossem morar na cidade grande. Nos Estados Unidos, onde é amplamente conhecido por suas ideias que aliam ambientalismo e progresso econômico, ele costuma ser definido como um “ecopragmático” ou um “modernista ecológico”. Shellenberger é também um árduo defensor do uso da energia atômica. Para ele, o caminho para lidar com as mudanças climáticas passa, necessariamente, pelo desenvolvimento. A seguir, a entrevista.

Foi exagerada a repercussão internacional sobre as queimadas na Amazônia?
Nas últimas semanas, todo mundo estava um pouco maníaco, irracional, louco. Muito da reação da imprensa americana foi porque entre 75% e 90% dos jornais odeiam Bolsonaro. Não gostam dele assim como não gostam do presidente Donald Trump. Mas a histeria passou. Chegou o momento de as pessoas que realmente se importam com a Amazônia terem uma discussão madura sobre o assunto.

Estrangeiros, em geral, enxergam a Amazônia de uma maneira equivocada?
Para muita gente, incluindo muitos brasileiros, a Amazônia é um lugar mítico. Como se trata de uma área muito extensa e que em grande parte não foi explorada, a floresta acabou se tornando uma tela gigantesca em que as pessoas projetam seus medos e suas esperanças. E a imagem mais comum é a do Jardim do Éden. Muitos repórteres que têm escrito sobre a Amazônia são jovens. Estão nos seus 20 e poucos anos. É gente de classe média alta, com boa formação escolar. Nas últimas semanas, eles escutaram pela primeira vez que a Amazônia estava pegando fogo. Sem muita informação anterior, eles entenderam isso como uma violação da ordem natural, do Jardim de Éden, de tudo o que há de bom no mundo. Eles olharam para as fotos no Instagram do Leonardo DiCaprio e da Madonna e acreditaram que a floresta estava pegando fogo por causa dos homens maus. Não percebem que a Amazônia é o lar de 30 milhões de pessoas, dos quais muitos estão simplesmente tentando sobreviver. Só conseguem entender que tem gente má fazendo coisa ruim.

Qual é o papel dos índios na proteção da Amazônia?
Na imaginação popular, eles são parte da natureza, os protetores da Amazônia. Mas a realidade em campo é sempre mais complicada. Os indígenas estão envolvidos em todas as formas de exploração da floresta, incluindo a grilagem de terras. Há também uma concepção de que os índios vivem em harmonia com a natureza, enquanto os europeus, os descendentes de africanos e as pessoas mestiças querem destruir a mata. A realidade, contudo, é a de que temos índios e não-índios vivendo e trabalhando juntos. Às vezes, eles entram em conflito, às vezes cooperam entre si. Uma das coisas que descobri nos meus estudos no Brasil é que há um trabalho muito bom de prevenção de incêndios sendo feito por pequenos e médios fazendeiros e por indígenas. Minha esperança é a de que a espécie humana deixe de lado as visões bíblicas, simplistas e infantis sobre a Amazônia e passe a ter uma visão mais madura e realista.

“É preciso concentrar a produção agrícola no Cerrado. Assim ficaria mais fácil preservar a Amazônia”
Qual seria a melhor maneira de conciliar a preservação da natureza com as necessidades de quem depende da floresta?
A melhor solução é concentrar e intensificar a produção agrícola em poucas áreas. O Brasil deveria concentrar a produção no Cerrado para, assim, proteger melhor a Amazônia. É um grande erro o que está no Código Florestal brasileiro. A lei diz que as fazendas devem manter preservadas entre 35% e 80% de sua área total. Essa limitação fragmenta a paisagem. Com isso, a agropecuária intensiva perde espaço para a extensiva, que requer mais área. O Código Florestal encoraja os donos de terras a terem um pouco de floresta e um pouco de plantação ou pasto na sua propriedade.

Como seria possível remediar isso?
Alguns ambientalistas têm dito que o Cerrado e a Amazônia têm o mesmo valor, mas isso é ridículo. Entre eles, está o Greenpeace, que, no seu radicalismo e extremismo, afirma que os dois sistemas deveriam ser submetidos ao mesmo rigor de preservação. Mas todo mundo sabe que a Amazônia tem muito mais biodiversidade. Além disso, não é boa para a agricultura. O solo não tem boa qualidade. Então é preciso reconhecer isso e concentrar a produção agrícola no Cerrado. Assim ficaria mais fácil preservar a Amazônia.

Favorecer um bioma e prejudicar o outro?
É por isso que defendo um debate honesto e transparente entre os brasileiros sobre o assunto. Isso tem de ser uma decisão do Brasil. Não é um tema assim tão complicado, só para cientistas. Deve ser uma oportunidade real para os brasileiros olharem os mapas, ouvirem especialistas e conversarem. O país precisa saber quanto quer preservar do Cerrado e quanto quer desenvolver. O raciocínio também vale para a Amazônia. Os brasileiros é que precisam estabelecer um balanço entre desenvolvimento e preservação. Isso de ficar dizendo que todo fogo é ruim, ou que todo desmatamento é nocivo, é uma conversa infantil que não leva a nada. Da mesma forma, não faz sentido sair dizendo por aí que cada um pode fazer o que quiser. O Brasil é um país que vai continuar se desenvolvendo e que terá necessidade de aproveitar recursos no futuro. Então, é preciso decidir como fazer isso de forma sustentável.

O dono das marcas Timberland e Vans disse que não vai mais comprar couro brasileiro. É uma postura excessivamente radical?
Acho muito perturbador e antiético o que essas empresas estão fazendo. Elas geraram uma publicidade muito negativa. Ao cortar de uma hora para outra as compras do couro brasileiro, elas agiram de forma ríspida e insensata. O mínimo que uma empresa que queira ter o Brasil como parceiro deveria fazer é ouvir o outro lado da história. Também tenho visto um bocado de outras coisas incômodas. A CNN e o New York Times ainda mantêm informações incorretas nos seus sites. Eles ainda dizem que a Amazônia é o pulmão do mundo, que cria oxigênio para o resto do planeta. Isso é uma grande besteira que já deveria ter sido corrigida.

A energia nuclear poderia ser uma boa opção para o Brasil?
Tradicionalmente, o Brasil tem utilizado uma fonte de energia muito barata, que é a hidrelétrica. Mas a construção de represas tem óbvios impactos ambientais, que causam muita resistência na sociedade. A questão, então, não é o que é melhor, mas o que cada país elegeu como seus valores, como suas prioridades. Os brasileiros se preocupam mais em ter uma fonte barata ou em preservar a natureza? Se for a segunda opção, então a fonte com o menor impacto ambiental é a energia nuclear. Também vale lembrar que o Brasil tem reservas significativas de petróleo e gás natural, as quais podem servir de combustível para usinas termoelétricas. Mas, mesmo considerando isso, acho que a energia nuclear teria o seu papel. Muitas nações inteligentes que possuem reservas de combustíveis fósseis têm adotado a estratégia de construir usinas nucleares para produzir eletricidade para consumo interno. Com isso, elas ficam livres para exportar os derivados do petróleo e lucrar. É o que fazem a Rússia, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita.

A energia nuclear não seria muito cara para um país em desenvolvimento como o Brasil?
Não necessariamente. O que torna a energia nuclear barata é construir o mesmo tipo de reator, várias vezes. Dessa forma, o custo diminui. Entendo que o Brasil teve problemas de corrupção em projetos nucleares, com autoridades desviando muito dinheiro. Mas, se o país conseguir evitar esse tipo de coisa, a energia nuclear pode sair em conta. Usinas hidrelétricas e nucleares são projetos muito parecidos. São grandes pedaços de concreto com turbinas que duram entre 68 e 100 anos. Uma vez que as usinas acabam de ser construídas, não é tão caro administrá-las. A partir daí, elas não precisam de combustível e não agridem o meio ambiente.

DivulgaçãoDivulgação“A maioria dos jovens nos acampamentos de sem-terra não pretende ficar no campo. Eles querem viver nas cidades”
E o risco de acidentes, como o que aconteceu em Chernobyl, em 1986?
Muitas pessoas têm medo das usinas nucleares porque acham que elas são bombas prestes a explodir. Há um fenômeno psicológico chamado “deslocamento” (displacement, em inglês), que é quando o medo de alguma coisa é transferido para um objeto. Em parte, isso acontece com as usinas nucleares. Basta as pessoas olharem para um reator, para começarem a ter pensamentos ruins. Então, o mais importante é ensinar às pessoas como as usinas nucleares funcionam. Em Chernobyl, o acidente não foi tão letal como se diz. Morreram 28 bombeiros. As outras mortes foram de câncer de tireoide, que podem ter sido em torno de 160 (as cifras não oficiais variam muito, uma delas contabiliza um total de 60 mil mortos na Rússia, Ucrânia e Bielo-Rússia). Apesar disso, a tecnologia nuclear é uma das mais seguras e benéficas já desenvolvidas pela nossa sociedade. Um leve aumento no número de acidentes de carro por causa de telefones celulares já é vinte vezes maior do que o total de mortes já registrado até agora por energia nuclear.

Por que tanta gente relaciona usina nuclear a bomba nuclear?
Isso acontece naturalmente. As duas coisas têm o mesmo nome, então é fácil misturar as coisas. Mas essa associação também é culpa dos ativistas ambientais que fizeram uma campanha deliberada nos anos 1960. Depois que ficou claro que nenhum país se livraria das suas bombas nucleares, eles começaram a criticar a energia nuclear.

O sr. viveu alguns meses no Maranhão, nos anos 1990. O que viu de mais relevante por lá em suas pesquisas?
Quando estive no Brasil, meu interesse era entender por que algumas comunidades de pequenos agricultores eram mais bem-sucedidas do que outras. Descobri que aquelas que tinham mais sucesso recebiam ajuda de entidades de fora. Particularmente importante era a atuação da Igreja Católica, por meio da Cáritas. Outra coisa que descobri é que a maioria dos jovens nos acampamentos de sem-terra não pretende ficar no campo. Eles querem viver nas cidades. Desejam uma boa educação e um trabalho digno. Não sonham em ser agricultores. É assim em qualquer lugar do mundo. Já entrevistei agricultores em vários lugares, na Indonésia e em países da África. Perguntei a muitos fazendeiros se eles queriam que seus filhos se tornassem agricultores como eles. A maioria respondeu que não. Eles querem que seus descendentes tenham uma vida melhor que as deles. Isso levanta uma questão desconfortável para muitos políticos, no Brasil e em outras nações.

Por quê?
Porque a agenda de muitos políticos é a de tentar fazer com que as pessoas do campo não saiam do lugar. Pensar assim vai de encontro até mesmo ao que Karl Marx e Friedrich Engels escreveram no Manifesto Comunista. Segundo eles, uma das grandes vantagens do capitalismo foi oferecer uma escapatória para a idiotice e para o tédio da vida no campo. Mas essa percepção caiu por terra com a ascensão da nova esquerda nos anos 1960. Os adeptos dessa corrente criaram uma visão romântica do campo. O que pode ser mais paradoxal do que o MST ser ligado ao PT? É estranho. O que um partido político criado por operários tem em comum com pequenos agricultores? De forma geral, o que aconteceu no Brasil é que os agricultores acabaram se tornando a classe trabalhadora nas fábricas de São Paulo. Essa é só uma das confusões que passam nas mentes da esquerda e da direita. Há muita divergência sobre qual seria a forma mais apropriada de lidar com as pessoas que vivem em locais como a Amazônia, por exemplo. A chave é o desenvolvimento econômico.

Nos Estados Unidos, a deputada democrata Alexandria Ocasio-Cortez propôs em fevereiro um acordo chamado Green New Deal. Para combater o aquecimento global, ela propunha deixar de usar combustíveis fósseis em dez anos. Isso poderia dar certo?
Muito do que se fala sobre aquecimento global é bobagem. A principal questão para todos os países é e continuará sendo o desenvolvimento. É isso o que nos protegerá das mudanças climáticas no futuro. Nações mais desenvolvidas são mais resistentes. Se ocorrer uma seca drástica ou o nível dos oceanos subir alguns centímetros, isso afetará muito mais os povoados da África do que a minha cidade natal, Berkeley. Se os países pobres pudessem contar com uma infraestrutura melhor, eles também ficariam mais protegidos.

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  1. Enfim uma entrevista com conteúdo sensato. Mesmo não estando no Brasil ele conhece mais da situação real da Amazônia que a maioria dos brasileiros. Com relação ao ecochatismo, ao pulmão do mundo, é preciso que a imensa maioria dos palpiteiros vá estudar, pelo menos se informar.

  2. Excelente entrevista, retrata a verdade e não mimimis de ambientalistas de cidade que pensam que a vaca da leite e o boi da café.

  3. Interessante o ponto de vista dele, estava adorando até ele citar as mortes em Chernobyl, (e operários? e uma cidade que teve que ser abandonada? e os habitantes?) e depois a menção sobre a adaptação dos países pobres para o aquecimento global. Uma pena...

  4. Uma entrevista como essa tem utilidade pública. Deveria ser alcançada por muitos que só falam asneiras sobre a Amazônia. O californiano tem razão. Conhece muito mais a região do que os brasileiros.

  5. Esta entrevista veio no momento perfeito. O californiano demonstrou ter mais conhecimento sobre a região amazônica que a grande maioria da imprensa estrangeira e até mesmo a brasileira. Espera-se que esta entrevista chegue ao máximo de pessoas possíveis, pois somente com a verdade é que deixaremos de ser vulneráveis a informações infundadas.

  6. Preservar a natureza é essencial, mas isto não significa que tenha que ser intocável. A linha do meio existe. Amazônia intocada, significa condenar cerca de 20 milhões que lá vivem a atividades clandestinas e sem controle. Efeito inverso do q queremos. Com bons propósitos e bom senso, encontraremos formas para conciliar o desenvolvimento e a preservação. Hoje o q temos é a exploração predatório e idéias extremistas de quem tem conforto e comida farta na mesa, sem noção do q é viver na carência

    1. Confirme dados, por favor. Tenho informação de 34 milhões de pessoas na região Amazônica, nos nove países, das quais 3 milhões de indígenas e total d 390 etnias.

  7. O nome do jogo é EMPREGO! Isso significa trabalho produtivo e conforto para a família que a renda pode proporcionar. O poder político é o nome de outro jogo muito próximo deste. Fui muito sutil?

  8. Excelente entrevista. Opinião de quem pensa e conhece as entranhas da amazônia e da pequenês humana. Comungo com ele na ideia de que esse papo de aquecimento global foi criado pra enriquecer setores ou pessoas de caráter frívolo e ganância desmedida.

  9. Tá aí, dei valor! Excelente reportagem! Muito sensato, entende a necessidade e a importância de se desenvolver a área, como forma de preservá-la, cota os absurdos dito pela esquerda radical e por pessoas analfabetas no assunto, enfim, foi muito feliz nas colocações! Muito mais do que muitos "conhecedores" do assunto e formadores de opinião aqui no Brasil! Excelente!

  10. Muita coerência de uma pessoa que vem de fora, pragmático e ainda defende a soberania do país. Tivéssemos pessoas assim no país teríamos o progresso sustentável que todos defendem e não a corrupção que tomou o país em várias décadas e que também afetou nosso meio ambiente.

    1. É lobista da indústria nuclear, ganha a vida fazendo isso.

  11. Certamente ele não é ambientalista e nem cientista. É mais um daqueles mentirosos que aparecem de vez em quando para ganhar fama escrevendo lorotas pata os incautos. Quer ser um novo Lomborg, aquele dinamarquês que ficou famoso escrevendo besteiras econômicas que tanto a direita como a esquerda, de acordo com suas conveniências, achavam cool. Em resumo: esqueçam!

    1. Olha quem escreveu? O mais bozista de todos os bozistas. O líder dos acéfalos. Ricardinha..pare de zurrar e vá procurar o teu pasto.

    2. Mais um comentário imbecil e ignorante do cretino-mor destas paragens, o vulgo "Jose" - parabéns!

    3. Newton e Silvio — Dois bozistas zurrantes. Como zurram esses bozistas. Quando vocês melhorarem os argumentos e a capacidade cognitiva de vocês, talvez a gente possa ter um papo sério. Até lá, contentem-se com a mediocridade que é a característica mais marcante dos bozistas apedeutas como vocês.

    4. é o estilo de ataque de comunista enrustido de "defensor" da natureza que nem ao menos discutiu o assunto, apenas ataca a imagem da pessoa. Acredito que tenha o mesmo pensamento do Macron, entregar a Amazônia para os outros que sabem cuidar melhor da floresta dos outros e eles se sentem "comovidos" com a situação do meio ambiente.

    5. Jose Para que não passes mais vergonha, sugiro que faça apenas um comentário por mês, e caso a matéria for sobre "Efeitos dos acentos das cadeiras sobre os glúteos". Ou ainda se for sobre "A redução do intelecto em quem não sai da frente de um computador". .O fato das possibilidades ficarem mais reduzidas diminuirá a chance de falares bobagens.

    6. Mario — FIz muito mais do que isso do que você recomendou. Além disso, certamente conheço muito melhor o mundo do que você. Em tempos de extremismos, melhor ser conservador. A tecnologia nunca substituirá a natureza, até porque a natureza nunca poderá ser controlada, e nunca controlará os efeitos nocivos de produtos nocivos criados pelo homem, incluindo, por exemplo, os pesticidas e o lixo decorrente da energia nuclear. Saia da sua redoma. Conheça o mundo.

    7. Como trabalhador no campo há mais de 30 anos vejo muita coerência e conhecimento de causa desse Sr. Você que se julga o sr. da verdade já foi nesses ecossistemas? Pegou a terra e mandou pro laboratório pelo menos 2 vezes por ano ao longo dos anos? Em tempos de extremismos, é fundamental nos desarmarmos para abrir os ouvidos para ampliar o repertório de conhecimento. Todas as posições têm algo de bom a ser colocado em pauta. Você é que deveria esquecer um pouco do que acha que sabe.

    8. Acertei.. Ele é um antropólogo cultural que fundou uma ONG, que financiada pelas empresas de energia nuclear tem como propósito proteger esta indústria específica. Agora ele quer concorrer ao governo da Califórnia. Picareta, portanto.

    1. Não conheço a amazônica , mas as matas que existem no cerrado possuem muito mais diversidade de vida por metro quadrado que o cerrado.

  12. Falando de ecologia, lembramos do julgamento em curso no STF (sessão de 11 de setembro 2019), sobre imprescritibilidade da responsabilidade correlata ao crime ambiental. Ora a Constituição de 88 não decretou tal imprescritibilidade. Na Europa a prescrição é de cinco anos. A prescrição é um dos fundamentos da segurança jurídica. Espero que Crusoe, poderá nos manter informados dos bastidores ao longo deste julgamento.

  13. Falando de ecologia, lembramos do julgamento em curso no STF (sessão de 11 de setembro 2019), sobre imprescritibilidade da responsabilidade correlata ao crime ambiental. Ora a Constituição de 88 não decretou tal imprescritibilidade. Na Europa a prescrição é de cinco anos. A prescrição é um dos fundamentos da segurança jurídica. Espero que Crusoe, poderá nos manter informados dos bastidores deste julgamento.

  14. Nãoooo.. kkkk e ainda acha que descobriu a roda. Fez um "mea culpa" mas continua fraquinho. Muito desinformado. Deve ser mais um daqueles que lamentam a morte de coalas, girafas etc

  15. Há ambientalistas que classifico como um verdadeiro câncer nos tecidos ecológicos do planeta Terra. Raramente encontramos algum com visão de futuro de nossa espécie que não seja romântica ou utópica. A vida na Terra não está nem aí para a nossa existência. Já passamos por mais de seis cataclismas nas quais 95% de toda vida no planeta foi extinta. E hoje temos a maior biodiversidade já alcançada em sua trajetória. Seguramente ela sobreviverá a nós.

  16. Entrevista interessante. Aborda o ambientalismo sobre um ângulo diverso dos normalmente tratados pelos ecochatos, eco-tribais e outros ambientalistas de vários matizes, colocados em evidência pela imprensa mainstream. Porque, diga-se de passagem, a diversidade dos tipos de "ambientalistas" é quase tão numerosa quanto o bioma amazônico. Não concordo com muitos dos pontos de vista dele, mas enriqueceu meu conhecimento sobre esta complexa matéria chamada ambientalismo.

  17. Estou tomando conhecimento desse ambientalista pela primeira vez mas sinceramente até concordo com ele em muitos pontos .

    1. Concordo Alexandre - a maior, melhor, mais segura e bem desenvolvida indústria nuclear do mundo. Deveríamos importar massivamente essa planta industrial de produção de energia. É a matriz energética de menor potencial de agressão ao meio ambiente hodierna.

    2. O "ambientalista" é um lobista da indústria nuclear americana.

  18. A matéria boa, apesar do ambientalista, parecer desconhecer as constantes grilagens de terras da União apenas por especulação imobiliária, conforme flagrantes da PF e MP anunciam. Estarrecedor é um diminuir o outro leitor recomendando que este estude Ricardo Felício tendo sequer 1 publicação em revista científica de climatologia de alto impacto no lattes. Zero! Um pesquisador que é coro com insignificante % contra consenso da ciência mundial. Palestrante ele é. Viaja muito. Pesquisa pouco.

    1. Catilinário eu aprecio dados científicos publicados em revistas de alto impacto. Ponto. Nada contra ambientalista politico. Mas estamos falando de ciência. Eu concordo com alguns dados que ele apresenta. Outros não. Triste é perceber nas entrelinhas que o editorial de jornalistas tão esclarecidos, fluentes na língua que faz ciência (inglês) dão vazão ao negacionismo climático, adotado por criacionistas que negam todas as eras geológicas. Para agradar a quem? Ciência não é fé tampouco opinião.

    2. João, o Ricardo dá opinião, não pesquisa e não tem pesquisa publicada em periódico de alto impacto científico. Mudança climática não é opinião.. é constatação de milhares de cientistas das mais respeitadas universidades do mundo, da NASA: engenharias,, física, química, biologia, medicina, ecologia, CLIMATOLOGIA confirmam as mudanças climáticas. José publicação em revista de alto impacto é a métrica dos cientistas pra chancelar a pesquisa. Cati Olhe vc o lattes dele. Uma pesquisa ou outra.

    3. Assinei Crusoé para para não ser um "Maria vai com as outras" no caótico mundo político. Forjar uma opinião sensata e independente das manipulações alheias não é fácil. Ouvir as fontes, diversificá-las, filtrar suas intenções e perceber o seus senário, nas visões macro e microscópicos, é a finalidade de quem deseja ser bem informado do que quer seja. Por isso concordo com os pontos de vista do JOSE e do Catilinário.

    4. Bom, Soraya. Pelo visto, este não é o tipo de ambientalista que vc aprecie ou considere como confiável. Poderia nos brindar com outras indicações? Não concordo com algumas das declarações dele, mas no geral ele apresenta um panorama razoável da situação brasileira. "Viajar muito", "pesquisar pouco" e "ser palestrante" não desqualifica uma pessoa. Há quem "pesquise muito", "viaje pouco" e mesmo "sendo palestrante" não consegue dizer nada de confiável e consistente. Estar no Lattes ajuda, mas...

    5. Publicação de alto impacto? Só se ele escrever o que todo mundo quer ler, senão não vai nem para o prelo. Melhor discutir os argumentos ao invés de escrevê-los. Coragem!

  19. Que ambientalista e cientista sensato. É muito bom existirem pessoas com essa visão. Que desmistificam o que muitos ativistas políticos dizem. A verdade é que o homem é o centro do desenvolvimento. Então ecologia e preservação só são importantes se você concilia com crescimento econômico, empreendedorismo, criação de oportunidades e riquezas. Gostei muito dessa entrevista. Existem ambientalistas sensatos.

  20. Triste é ver um ambientalista americano que sabe mais da nossa Amazônia do que nós mesmos. É preciso que as pessoas saibam que que há uma relação íntima entre desenvolvimento econômico e meio ambiente, porque só quem depende deste binômio entende o que isso representa para sua sobrevivência. Temos que para de dar ouvidos aos ambientalistas de ocasião, principalmente os da classe artística que se aproveitam da situação para ganhar mídia.

    1. Alexandre, responder com fatos...Assim, alguém pensa que é seu argumenta é a típica choradeira esquerdista.

    2. Sabe nada. O cara é um lobista da indústria nuclear. Sabe o bastante pra vender o peixe radioativo dele.

  21. Parabéns, Duda Teixeira! Excelente e esclarecedora entrevista! Aprendi muito mais do que em alguns anos de estudos universitários!

  22. Enfim , um ambientalista de bom senso. Um ser ser humano capaz de ler através dos discursos da grande mídia e dos pseudos “ connoisseur”, particularmente de artistas e jovens desavisados que desconhecem a realidade da era em que vivem.

  23. Excelente e esclarecedora entrevista com um ambientalista competente e independente. Agradeço à Crusoé e ao repórter Duda Teixeira pela publicação.

  24. Gostaria de ressaltar que a Amazônia não é o único pulmão do mundo, como estão tentando nos fazer acreditar. As Algas Marinhas também o são, inclusive em maior liberação de oxigênio, uma vez que o produzem pela fotossíntese, sendo o excesso liberado para o meio ambiente.

    1. Marco, a Amazônia é sómente o "pulmão" dela mesma. O verdadeiro "pulmão"do mundo está nos oceanos, isso já está cientificamente provado. Essa balela de que a Amazônia é o "pulmão"do mundo não passa de desculpa esfarrapada dada por cretinos como o Macron para meter a mão nas imensas riquezas localizadas no subsolo. Finalizo com a seguinte pergunta: alguem já viu ONGs internacionais na catinga nordestina?

  25. Há um errinho no que ele disse a respeito da qualidade dos solos da amazônia e cerrado: é o contrário! Nos solos da amazônia é possível plantar lavouras sem fertilizantes, fato que é praticamente impossível nos solos secos e fracos do cerrado.

    1. Ele foi muito sensato em alguns pontos mas falhou em outros, como vc bem notou e também ao negar que há mais biodiversidade no cerrado do que na Amazônia.

  26. os hipsters gringos acham que a Amazônia é a terra do filme Avatar. Esse rapaz é bem esclarecido, sigo o Twitter dele há algum tempo, e ele tem excelentes análises de política também.

  27. Desculpem, mas o cara é um ignorantaço pretensioso. Dizer que as hidroelétricas não precisam de "combustível" é um raciocínio desonesto, no mínimo. As hidrelétricas funcionam com a passagem de água pelas turbinas devido à diferença de energia potencial (gravitacional) da massa d'água no reservatório. Se não houver reabastecimento desse "tanque de combustível" não se gera energia elétrica. Na caso do Brasil a Amazônia (brasileira, colombiana, peruana, boliviana) são cruciais nessa tarefa.

    1. Ok, Lucio. Combinado, eu vou estudar mais um pouco e voce vai dormir.

    2. Tudo errado de novo!!! Não é a Amazônia que "produz" água, senão um dia ela acabaria vindo do solo. É o Oceano Pacifico, com os tais fenômenos de El Niño e La Niña. Estude. Leia. Converse. Você acabou de propor o moto perpétuo.

  28. Eu também sou a favor da energia atômica (seja fissão ou fusão), mas que ela ocorra no sol. O moço deveria se dar conta que a vida no planeta há milênios usa a energia atômica enviada pelo sol. A Amazônia não é o pulmão do mundo, mas é ela que bombeia a água que circula no país regando pastos, lavouras e abastecendo as hidroelétricas. O desenvolvimento econômico não salvará a humanidade, mas sim uma nova Economia. Cientistas e engenheiros fazem suas partes. Economistas e políticos ao trabalho.

    1. Lucio, quando desmataram a floresta da Tijuca no Rio a água minguou. Pedro II providenciou o reflorestamento e a água voltou. Legal, né? E não acredite em tudo que o teu guru ambiental diz. Ele, por exemplo, afirma que o CO2 não absorve radiação infravermelha. Mesmo assim se um sensor apitar em um ambiente que voce esteja recomendo que saia.

    2. Tudo errado! A Amazônia não é a CAUSA da dita circulação de água, mas a CONSEQUENCIA. Estude. Climatologia. Corte tudo na Amazônia, em 50 - 80 anos ela está de volta. Leia Ricardo Felício. Não sei que nova economia seria essa. A que foi tentada na URSS parece que não deu certo.

    3. PerfeitO! A Amazônia precisa de bioeconomia, não queimadas pra pastos. As indústrias farmacêutica e cosmética são uma das mais rentáveis do mundo. Sim, as reservas legais da Amazônia são maiores, proporcionais às fazendas destes enormes estados comparado ao restante do país. Usinas nucleares por qual necessidade se temos áreas à vontade no Nordeste pra parque de energia eólica muito mais barata, menos impactante e gigante potencial de crescimento? Pra o jovem do campo, empreendedorismo

  29. Que diferença; um homem que se desnuda, se expõe, mas, pesquisa, cai a campo, investiga mesmo, estuda emite pareceres com superdâneo confiável. Poucos ouvem, poucos prestam atenção. Agora um verdewaldo, de moral duvidosíssima (aliado a hackers criminosos) atrai milhares que intencional ou alienadamente o acreditaram. Um pouco, não, Shellenberger. Muito, mas muito louco este mundo. .

  30. E mais, ao invés de queimar e derrubar a floresta, fazer um programa de pesquisa sério sobre como desenvolver estrategias que não sejam predadoras, como incendiar a floresta e cavocar o subsolo. Veja, por exemplo, que americanos dos Vale do Silício se apropriaram (são espertos) do mercado do açaí. Por que não há programas sérios "brasileiros" de estímulo às populações que cultivam açaí e castanha? Enfim, Elias, há muito que fazer que desestimule paus de fósforo e mercúrio nos rios.

  31. Elias, só para começar: não utilizar só a lógica do mercado. Não tripudiar diante de pessoas que consideram este discurso de "desenvolvimento sustentável" como engambelação para encontrar um jeito de encher a Amazônia de mineradores americanos. Parar com este papo de "soberania". Primeiro porque é estupidez dizer que só brasileiros tem direito de opinar e fazer (ver este "ambientalista opinando). Se é tecnologia que salva a Amazônia, o mote tem que ser a rica biodiversidade.

  32. Só podia ser o Duda. Cavou alguém do "ecomercado" para apoiar sua campanha que a Amazônia é só um "fenômeno econômico", que a única forma de tratar o "problema" é a "racionalidade econômica". Velho discurso sofisiticado sobre "como vamos ganhar dinheiro, nós os espertos, com esta fatia do mercado". Ele dá direito aos seus de terem "mitos", mas quer negar aos demais cidadãos que tenham seus mitos. É cínico quanto o tal Salles, com esta empulhação especulativa de "desenvolvimento sustentável".

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