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1. O plágio do escolhido de Bolsonaro. Como Crusoé revelou nesta quarta-feira, 7, o desembargador Kassio Marques, escolhido por Jair Bolsonaro para a vaga de Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal, apresentou em 2015 uma dissertação de mestrado à Universidade Autônoma de Lisboa que contém trechos integralmente copiados, sem nenhum tipo de citação, de artigos publicados em 2011 pelo advogado Saul Tourinho Leal, funcionário da banca do ministro aposentado do STF Carlos Ayres Britto. Em notas distribuídas à imprensa horas após a publicação da reportagem, ambos negaram que tenha havido plágio, ainda que o texto assinado por Kassio Marques contenha diversas passagens idênticas a quatro artigos de Leal. A reportagem se baseou em uma varredura feita pela ferramenta Plagium, que é recomendada por instituições como a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, UERJ, e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC-SP -- Saul, inclusive, doutorou-se pela PUC. Após analisar o relatório emitido pelo programa, Crusoé identificou 30 trechos como cópias literais ou parciais dos trabalhos de Tourinho. Muitas das passagens copiadas compreendem vários parágrafos de artigos publicados pelo advogado quatro anos antes da entrega da dissertação por Kassio Marques. Dentre os trechos copiados, há erros de formatação, de digitação e até de concordância e de ortografia.

2. "Eu acabei com a Lava Jato". O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta quarta-feira, 7, que pôs fim à Operação Lava Jato. O chefe do Executivo fez a declaração durante o lançamento do programa "Voo Simples", em cerimônia realizada no Planalto. "Eu desconheço lobby para criar dificuldades e vender facilidades. Não existe. É um orgulho, uma satisfação que tenho: dizer à essa imprensa maravilhosa nossa que eu não quero acabar com a Lava Jato. Eu acabei com a Lava Jato. Porque não tem mais corrupção no governo", disse.

3. Fux coloca ordem na casa. O STF decidiu nesta quarta-feira, 7, que os inquéritos e as ações penais em julgamento pela corte voltarão a ser examinadas pelo plenário do tribunal. Isso significa que os processos não serão mais julgados pela Primeira e Segunda Turmas, colegiados composto por cinco integrantes cada, e sim pelos 11 ministros do Supremo. A mudança no regimento foi motivada por uma proposta do presidente do STF, Luiz Fux. A decisão vai possibilitar que o próprio Fux participe dos próximos julgamentos, já que Fux não fazia parte de nenhuma das duas turmas do tribunal. Um dos efeitos imediatos da decisão é a retirada da Segunda Turma dos casos da Lava Jato, que amargou uma série de derrotas nas últimas semanas, durante a licença médica do decano Celso de Mello. Com sua provável substituição por Kassio Marques, a expectativa era de novas absolvições.

4. Ação de Baldy na Justiça Eleitoral. O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, enviou para a Justiça Eleitoral de Goiás a ação penal por corrupção e lavagem de dinheiro movida pela Lava Jato contra o ex-ministro Alexandre Baldy, que hoje é secretário de Transportes Metropolitanos do governo João Doria em São Paulo. A medida atende a uma liminar concedida no dia 1º de outubro pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. O ministro acolheu o argumento da defesa de Baldy de que os crimes imputados a ele pela Lava Jato do Rio são conexos a crimes eleitorais e, por isso, devem ser julgados na Justiça Eleitoral no estado em que Baldy disputou campanhas políticas.

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