DiogoMainardina ilha do desespero

Ele é o mesmo de 2014

17.05.19

O pessoal da pesada quer derrubar Jair Bolsonaro. Só não sabe como. Segundo Carlos Bolsonaro, o plano é levá-lo a pedalar e, em seguida, pedir seu impeachment. Mas há outras maneiras de tirá-lo do Palácio do Planalto. Uma turma aposta que o MP do Rio de Janeiro vai encontrar o elo entre o presidente e os matadores de aluguel do Escritório do Crime. Outra turma garante que o inquérito do STF vai apontar o uso de dinheiro ilegal na campanha eleitoral. A terceira turma conta com uma debandada dos militares, que estão frustrados com Jair Bolsonaro. A quarta turma diz que o fiasco na reforma previdenciária vai provocar uma fuga de capitais – e ninguém resiste a isso.

Nesta semana, dois deputados do Centrão esnobaram Jair Bolsonaro, desistindo na última hora de um encontro marcado dois meses atrás. Não pode haver tsunami mais devastador do que esse. Se eles acreditassem que Jair Bolsonaro permanecerá no poder por oito anos, estariam batendo à sua porta para mendigar algum tipo de acordo. Afinal, são dois deputados do Centrão. Mas eles resolveram fazer o contrário: além de cancelarem reunião, alardearam o fato para a imprensa.

Alguns dias atrás, um miliciano digital bolsonarista comentou:

“Nós, aos poucos, vamos voltando ao ponto onde tudo começou: pessoas verdadeiras querendo um país melhor. Os exus e isentões vão sendo expurgados, o que É ÓTIMO! Essa gente é caroneira, só queria fama, e não um Brasil decente. Eu continuo O MESMO de 2014 e assim vou até morrer.”

O único aspecto relevante dessa mensagem é que ela reflete exatamente o que pensa o próprio Jair Bolsonaro, que passou os primeiros quatro meses e meio de seu mandato expurgando aliados e satanizando seus seguidores menos fanatizados. O presidente raciocina como um de seus milicianos digitais. Ele é o mesmo de 2014 e assim vai morrer.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
Mais notícias
Assine agora
TOPO