Arthur Max/MRE

À CPI, Carlos França omite reuniões paralelas de Filipe Martins e Ernesto Araújo em Israel

20.07.21 07:31

O ministro Carlos Alberto Franco França (foto), das Relações Exteriores, omitiu da CPI da Covid duas reuniões realizadas por Filipe Martins e Ernesto Araújo com integrantes do gabinete de Benjamin Netanyahu durante a “viagem do spray nasal” realizada em março.

Os encontros com Reuven Azar, conselheiro internacional e de segurança nacional de Netanyahu, e Tzachi Braverman, chefe de gabinete do primeiro-ministro, aconteceram no dia 9 de março com a presença do então chanceler e do general Gerson Menandro Garcia de Freitas, embaixador do Brasil em Israel. Em ofício enviado à CPI da Covid no dia 21 de maio para detalhar as reuniões ocorridas durante a viagem, Carlos França não menciona os encontros paralelos de Filipe Martins e Ernesto.

“Tal encontro não havia sido programado e teve lugar ao término de reunião que constava da agenda oficial da visita ministerial. Não é incomum que, durante viagens oficiais ao exterior, ocorram encontros não agendados para otimizar a visita e repassar temas da pauta bilateral”, justifica o Itamaraty, em documento enviado a Crusoé por meio da Lei de Acesso a Informação. “O encontro versou sobre as relações Brasil-Israel e temas de paz e segurança regionais e internacionais. Não foi produzido registro sobre os temas tratados no encontro”, resume.

Ouvidos sob reserva por Crusoé, diplomatas acostumados a reuniões bilaterais estranharam o fato de não ter sido produzido registro sobre os assuntos tratados durante os encontros paralelos de Ernesto Araújo e Filipe Martins com autoridades israelenses.

A viagem a Israel foi encomendada por Jair Bolsonaro a Ernesto Araújo com o objetivo de trazer ao Brasil o chamado “spray milagroso” contra a Covid-19, sem eficácia comprovada cientificamente. Como mostrou Crusoé, o então chanceler assinou acordo com a empresa israelense detentora do medicamento se comprometendo a fazer o produto deslanchar no Brasil. Na prática, porém, a viagem tratou de assuntos diversos, incluindo investimentos brasileiros no setor cibernético.

Senadores da CPI da Covid ainda investigam a turnê em Israel. Parlamentares da oposição acreditam que está mal explicada a presença na comitiva de figuras como o então secretário de comunicação do Planalto, Fábio Wajngarten, e o segurança de Jair Bolsonaro, Max Moura. Participaram da viagem, ainda, os deputados Eduardo Bolsonaro e Hélio Lopes.

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  1. Omitiu por ser mesmo irrelevante o que boçais desse quilate possam ter feito por lá. Irrelevante até em termos de vexame, que é sempre muito maior quando abrem a boca em público, do que quando agem escondidinhos.

  2. Tudo leva a crer que esta comitiva que foi para Israel, tinha uma agenda oculta. Pelo governo que temos, não seria estranho estarem em busca de algum sistema espião. Até certo ponto isso faz parte do jogo, pois todos os governos hoje buscam isso. Os Três olhos e ouvidos dos americanos monitoram tudo. A NSA também. Agora, qual o objetivo do nosso governo num sistema espião? Se for para monitorar opositores ou outros poderes, é antidemocrático, pois gera uma assimetria de forças.

  3. Aposto que essas reuniões foram para acertar a compra do PEGASUS. Do jeito que este pessoal é paranóico e gerador de teorias da conspiração, com certeza o maior interesse deles era sobre o software espião e não sobre spray mágicos contra a COVID.

  4. Atenção Deputado @KimKataguiri! O Gen Heleno MENTIU para a CCJ em arguição feita pelo senhor sobre o Pegasus onde esse general pelo jeito, NEGOU O AGORA OBVIU! A compra do Pegasus! Vejam vídeo!! Feito pelo deputado!

  5. O lulla não fazia nada disso. De jeito nenhum. Não levava amante no avião, não levava mala, não levava nada. Só amor e investidores. Ah logo ele volta, Diogo.

    1. Gado fêmea é Vaca. Comendo do mesmo estrume e cagando esses comentários típicos de bozustas ignorantes. Cai fora insana!

    2. Nem Lulaladrao Nem Bostomerda! Vamos pra frente Brasil.

  6. todos os assuntos escusos não têm registros neste desgoverno. O comentário em surdina é que o principal assunto foi a compra do Pegasus

    1. Alguém sabe o que é Pegassus? Se for o cavalo, o governo está comprando o que não existe (como o sítio do Lula). Se for um programa de segurança cibernética, é uma falha, pois o inimigo saberia como anular esta ferramenta. Nesta área o Brasil tem que ter tecnologia própria, mesmo que seja um “Jegassus”.

  7. Cadeia neles. Gastaram dinheiro publico para passear, pois, logo depois, o parlamento israelense mandou o Bibi, amigo do Bozo, para o esgoto!

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