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Constituintes criticam proposta de nova Carta para o Chile

04.07.22 15:12

O texto final da proposta de uma nova Constituição para o Chile foi entregue nesta segunda, 4, para o presidente Gabriel Boric (foto). Mas o ato começou mal, com constituintes que participaram da sua elaboração criticando abertamente o texto final nas redes sociais e pedindo a sua rejeição em um referendo, em setembro.

Vários deles reclamaram que não viram o texto final antes que o documento fosse enviado para a gráfica. Eles também acusaram a Mesa Diretiva da Convenção Constituinte de esconder e alterar o seu conteúdo.

Lamento informar que a Mesa da Convenção optou por esconder o texto constitucional até a cerimônia de segunda. Trata-se de um documento público que a cidadania tem o direito de conhecer e revisar“, pediu o constituinte Hernan Larrain no sábado, 2.

Basta de segredos e armadilhas. Ante as mudanças abusivas que realizou a Mesa Diretiva da Convenção ao texto aprovado pelo plenário, exigimos que se revele a proposta que entregarão no dia 4 de julho“, escreveu Katerine Montealegre, também constituinte.

O texto final contém diversas polêmicas, que nunca geraram consenso entre os constituintes. O primeiro artigo diz que o Chile é um estado plurinacional, intercultural, regional e ecológico.

O Chile não é formado por diversas nações, o Chile e uma nação que se enriquece com diversas culturas. Este esboço não nos representa“, escreveu o constituinte Alfredo Moreno.

Outros reclamaram dizendo que esta Constituição é o texto que queria o presidente Gabriel Boric, e que não se trata de o resultado de um processo democrático.

Acabou um processo fracassado. Não se convidou os chilenos a fazer parte dela, eles não foram ouvidos e esta não é uma Constituição justa. Esta é a Constituição da Convenção e a Constituição da desigualdade. É a Constituição de Boric“, escreveu o constituinte Felipe Mena.

A constituinte Tere Marinovic Vial recusou-se a participar da cerimônia de entrega do texto final ao presidente. “Não estou presente na cerimônia final da Convenção. Não participarei de um ato em que se entrega um texto que dinamita os pilares da República“, afirmou.

Com a entrega do texto final ao presidente, a Convenção Constituinte foi dissolvida. Os chilenos terão agora dois meses para se informar sobre o seu conteúdo e decidir se o aprovam ou rejeitam. Segundo pesquisa do instituto Cadem, 51% dos chilenos pretendem rejeitar a Carta e 34%, aprová-la.

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  1. Agora tô entendendo pq ainda tem reduto petista no Rio Grande do Sul e Santa Catarina...e pq o mafioso do Lula é forte por lá...os caras devem ter gostado desta estória de "plurinacional"; sempre quiseram se separar do resto do país...

  2. Por que o espanto? É assim queria comuNAZISTAS agem para escravizar as nações vendem flores a idiotas e lhes entregam pepinos ... é exatamente isto que farão aqui e imbecis se deixam manipular ... o lixo nos espera.

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