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Liberais e libertários se consolidam como terceira força política na Argentina

25.04.22 11:13

Uma pesquisa feita em meados de abril pelo instituto Solmoirago aponta que o movimento dos liberais e libertários consolidou-se como a terceira maior força política da Argentina, com 12,5% das intenções de voto. Os dois principais integrantes desse grupo são os deputados Javier Milei (foto) e José Luis Espert, eleitos em novembro do ano passado.

Na última década, a política argentina tem sido dominada por duas forças. A que hoje tem mais apoiadores é a Juntos pela Mudança (Juntos por el Cambio, em espanhol), liderada pelo ex-presidente Mauricio Macri, hoje na oposição. O grupo conta com 31,6% das intenções de voto. Em segundo lugar está o movimento Frente de Todos, de peronistas e kirchneristas. Inclui o presidente Alberto Fernández e sua vice, Cristina Kirchner, e conta com 24,2% das intenções de voto.

Essa divisão se refletiu nas últimas eleições legislativas, em novembro do ano passado, quando a oposição ficou à frente com 44% dos votos e os candidatos próximos do governo, com 33%. Os liberais e libertários tiveram votações distintas, a depender das regiões do país. Milei teve 17% na capital. Espert teve 5% na província de Buenos Aires.

Seis meses após as eleições legislativas, o percentual dos liberais e libertários, de 12,5% em todo o país, indica que não se trata de um fenômeno passageiro.

Desde janeiro, temos visto uma pequena diminuição nas forças majoritárias e um aumento dos liberais e libertários, encabeçados por Milei e Espert. Há, portanto, uma consolidação desse espaço novo“, diz Cristian Solmoirago, diretor do instituto que leva o seu nome.

Isso ocorre porque seus líderes são economistas liberais que propõem medidas radicais para diminuir a inflação e os gastos dos políticos. É um discurso que está ressoando muito forte nos setores jovens, entre 16 a 25 anos“, diz Solmoirago. “Além disso, o discurso contra os políticos de Milei, que se autodenomina apenas um economista, também cai muito bem nessa faixa de idade.”

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  1. Será que os hermanos conseguem se libertar da herança Peronista? No Brasil FHC tentou mas aí veio Lula e retrocedemos ao neo-getulismo. Bolsonaro fez oposição mas para cairmos num neo-integralismo a la Plinio Salgado. Trocando católicos por evangélicos. Pelo menos P Salgado era honesto. Não tinha rachadinha. Liberais honestos e democratas? João Amoedo. Mas nem no partido que ele criou tem espaço.

  2. Milei, Espert, ... Turgot, Quesnay, Gournay, AdamSmith... a história pendula. uma hora bate em Chico, outra, em Francisco. O cabo do machado é sempre do mesmo pau. O que muda é a direção da lâmina. Em uma vez corta pequenos "privilégios" do povo, como o direito a uma renda mínima pós-laboral (aposentadoria). De outra feita corta, novamente do povo, metade do que sobrou do primeiro corte de "privilégios". Até que, por fim, nada resta, senão os Joelhos de Jó, sobre o pó dos ossos esmagados.

    1. Sim, Prezado Amaury, não há mais limites para a mais-valia. Como no jogo "war", uma vez dominadas certas "fronteiras", as regras que prevalecem nas escolhas públicas- (que regulam os orçamentos públicos, as leis de alocação de recursos, a apropriação do trabalho, as decisões de "mercado", as normas de Bacens, etc)- , deixam o uso da riqueza fora do alcance das massas.

    2. Ferreira também teve Ricardo e Keynes que começaram a ver e tentar consertar os problemas do liberalismo com algo simples o estruturalismo onde todos podem ganhar mais ... mas aí a ganância explora movimento exército de miseráveis de que falava Marx e estava certo .. A mais valia é o câncer das economias.

  3. É o “tar” de PSDB que surgiu há cerca de 100 anos e que dá seus últimos suspiros no Brasil. A Argentina só tem um partido: o cadáver de Peron. E o Brasil o Cadaver de Getúlio e o “neo” Centrão criado por ele com o modelito PSD (direitão) e PTB (esquerdinha). Bem feito pros hermanos e para o Brasil.

    1. Perfeito Eduardo ... ferino e absolutamente verdadeiro ... acrescento ... tudo Lixo.

  4. Como nós uma nação duvidida entre ignorância e fanatismo ... nós somos eles amanhã? Muito provavelmente já que temos algo bem comum ... pessimos políticos.

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