Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

Lideranças evangélicas mudam o tom e agora querem demissão de Milton Ribeiro

28.03.22 14:38

Importantes lideranças evangélicas que seguiam na defesa de Milton Ribeiro, com sugestões para que o ministro da Educação se licenciasse de “forma honrosa”, mudaram o tom e passaram a defender publicamente a demissão do pastor, que comanda a pasta desde julho de 2020.

Aliado de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro e um dos evangélicos mais influentes no Planalto, o pastor Silas Malafaia pregou nesta segunda-feira, 28, a demissão de Ribeiro. A mudança de postura ocorreu depois da divulgação de que exemplares da Bíblia com a foto do ministro e de sua mulher foram distribuídas em evento oficial do MEC. A reportagem é do jornal Estado de São Paulo.

“Vergonha total! Ministro da Educação em foto como a esposa em Bíblia de pastor lobista do MEC. Tem que ser demitido para nunca mais voltar”, disse Malafaia.

Até então, pastores ligados ao Planalto defendiam que Milton Ribeiro se licenciasse.

“Ele se afasta e, depois de comprovada a inocência, volta ao cargo perto da eleição, fazendo do limão uma limonada”, disse, mais cedo, um parlamentar da bancada evangélica, ao explicar a estratégia para blindar Ribeiro.

“Trabalhamos para o bem do ministro e do segmento evangélico para que ele peça para se licenciar e convença o presidente de que essa é a melhor alternativa no momento”, afirmou o mesmo parlamentar a Crusoé.

A solução alternativa à demissão teria agradado Bolsonaro, que até o final de semana resistia a demitir Milton Ribeiro. No início da tarde, a expectativa no Planalto era de que a licença fosse anunciada ainda hoje.

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