Adriano Machado/Crusoé

Os governadores e bolsonaristas convocados à CPI

26.05.21 13:00

Em uma sessão repleta de bate-bocas, a CPI da Covid aprovou nesta quarta-feira, 26, a convocação de nove governadores e de fiéis aliados do Planalto. As oitivas serão agendadas ao longo dos próximos dias.

Os governadores chamados à CPI são, majoritariamente, do Norte, região que enfrentou uma grave crise de desabastecimento de oxigênio no início do ano. Os estados foram alvos de operações da Polícia Federal, que investigam crimes na aplicação de recursos recebidos da União para o enfrentamento da pandemia.

São eles Wilson Lima, do Amazonas; Helder Barbalho, do Pará; Antonio Denarium, de Roraima; e do coronel Marcos Rocha, de Rondônia; e Waldez Góes, do Amapá. Falarão ao colegiado, ainda, Mauro Carlesse, do Tocantins; Carlos Moisés, de Santa Catarina; e do Piauí, Wellington Dias.

A comissão também aprovou a convocação do governador Ibaneis Rocha, do Distrito Federal. O sinal verde ocorreu horas após a Polícia Federal deflagrar uma operação para apurar a prática de crimes no Tribunal de Contas do DF. A corporação investiga o pagamento de vantagens indevidas para a quitação de empenhos sem as observâncias dos requisitos legais, além da suposta intermediação e do patrocínio de interesse privado junto à corte de contas.

Além dos atuais mandatários, o ex-governador do Rio, Wilson Witzel, terá de prestar esclarecimentos ao colegiado. O nome do Claudio Castro, chefe do Palácio Guanabara e próximo da família Bolsonaro, foi retirado da lista sob o entendimento de que ele não estava no cargo durante as operações da Polícia Federal. “Caso apareça algum fato novo, ele será convocado“, disse o presidente da CPI, Omar Aziz.

A convocação de governadores atende uma demanda de governistas, que buscam retirar o Planalto dos holofotes e emplacar a narrativa de que o fracasso na condução da pandemia é responsabilidade de estados e municípios.

Na outra ponta, o chamado G7, que reúne senadores independentes e de oposição, conseguiu emplacar o chamado de integrantes do alto escalão do governo federal e de fiéis aliados do Planalto. Foi convocado à CPI, por exemplo, o ex-assessor da Presidência Arthur Weintraub, suspeito de integrar a equipe de “aconselhamento paralelo” de Bolsonaro na pandemia.

A CPI ainda chancelou a reconvocação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e do atual ocupante do cargo, Marcelo Queiroga, suspeitos de mentir à comissão. Além disso, o colegiado decidiu chamar a prestar esclarecimentos o assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Filipe Martins. De acordo com o gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, o olavista participou de uma reunião sobre a negociação de vacinas contra a Covid-19.

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  1. 1- Renan Calheiros discorreu sobre o nazismo na CPI, ao que Flávio Bolsonaro gritou: "respeite os judeus". FB que comparou o distanciamento físico, aos judeus executados por nazistas, por não serem essenciais. E a Nise Yamaguchi, que associou o ñ uso da cloroquina, ao controle exercido pelos militares nazistas a "massa de rebanho de judeus". RESPEITO. RESPEITO A TODOS. Nosso presidente tem que ser convocado SIM. Ele fez aglomeração sem máscara no Rio, e usou máscara em Quito. RESPEITO

    1. Pois é, no quintal dos outros se comporta como ser humano, mas no próprio quintal se comporta como um animal irracional. Vai entender essa turminha...

    1. ANTÔNIO, os bozomâniacos sabem muito bem disso, mas são hipócritas e dissimulados por natureza.

    2. Acho que a revista antagoniza com todos os bandidos, basta ver todas as matérias referentes ao Renan Calheiros, muito antes desta CPI. Desta vez, o bandido é o presidente preguiçoso e genocida.

  2. O bandido filho, e o Camilo Santana, com o hospital de campanha? O buraco é muuuiiito mais em baixo. PT, partido da quadrilha quer voltar a todo custo. Tenham cuidado. Paciência com bandido tem limite

    1. Fácil de entender a ausência dele nessas convocações. Basta ver que dessa vez a oposição perdeu a queda de braço de convocações, pois acabaram tendo de aceitar a convocação de todos os governadores, o que irá atrasar os trabalhos e tmbm serve como cortina de fumaça para o planalto que, muito provavelmente, teve a ajuda do Renan Calheiros que deve ter feito acordo para não convocarem seu filho.

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