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Papa Francisco: ‘Com Raúl Castro, tenho uma relação humana’

12.07.22 10:02

Cuba lembrou nesta segunda, 11 de julho, dos protestos que ocorreram em 2021, quando milhares foram às ruas pedir o fim da ditadura. A repressão que se seguiu foi brutal, com 1,8 mil pessoas sendo detidas. Mais de cem foram torturadas apenas por terem participado das manifestações contra a ditadura. Entre os torturados, três eram menores de idade.

Para lembrar da data, duas jornalistas mexicanas da rede Univisión perguntaram ao papa Francisco sobre o episódio. Na resposta, em vez de demonstrar compaixão pelos cubanos presos e torturados, o pontífice quis deixar sua clara sua boa relação com o ditador Raúl Castro, que manda no país através de seu poste Miguel Díaz-Canel.

Eu amo muito o povo cubano. Tive boas relações humanas com o povo cubano e também confesso: com Raúl Castro tenho uma relação humana. Fiquei feliz quando se obteve aquele pequeno acordo com os Estados Unidos, que o presidente Obama queria na época, e Raúl Castro aceitou e foi um bom passo em frente, mas agora parou”, disse o papa.

A proximidade do papa com a esquerda já é bem conhecida, ainda que ele a negue. “Quando me acusam de comunismo digo: ‘Como isso está ultrapassado’. Essas acusações já passaram, eu as vejo como ultrapassadas. São feitas apenas por pequenos grupos ideologizados“, disse ele na entrevista.

Mas suas posições vão além de uma defesa da esquerda. Francisco já buscou culpar a Otan pela invasão russa da Ucrânia, assim como tentou justificar a ação de terroristas da Al Qaeda que realizaram um atentado em Paris na redação do Charlie Hebdo. Em comum, o que essas declarações revelam é um descaso pelo sofrimento dos mais fracos, dos que têm menos meios para se proteger dos mais poderosos e bem armados.

As vítimas dessas histórias foram os cubanos famintos e cansados da repressão, os ucranianos inocentes e os jornalistas do Charlie Hebdo. Seus algozes, defendidos pelo papa, foram o ditador Raúl Castro, o autocrata Vladimir Putin e os terroristas armados da Al Qaeda. A inversão de valores é total.

Aos 85 anos, o papa argentino se nega a renunciar. “Não tenho nenhuma intenção de renunciar. Neste momento, não“. disse ele. Mas Francisco completou dizendo que, se perceber que é um “estorvo“, então conta com a ajuda dos demais para tomar essa decisão.

Que essa ajuda chegue logo. O papa deve renunciar. Não pela idade avançada, e sim pelas suas falas que denotam falta de empatia com o sofrimento dos oprimidos e das vítimas inocentes.

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  1. Porque a grande mídia em todo o mundo não denuncia incisivamente essa preferência do Papa pela ideologia do atraso e da tragédia?

  2. Uma decepção. Mais uma comprovação de que a verdadeira religião não pode flertar com poder, dinheiro ou bens materiais sob qualquer pretexto que seja. Todas as religiões organizadas e hierarquizadas sofrem do mesmo mal. Não há remédio endógeno para isto. O remédio exógeno existe, na linha da filosofia vedanta e suas paralelas, como a "Filosofia Perene", o Taô, o Zen, o shamanismo, e demais práticas místicas não organizadas e não politizadas. Mas a ignorância ainda prevalece...

  3. A memória do povo esquerdista, do vdd genocida (corrupção mata mais de armas), quando Lula visitava Fidel Castro, o mesmo dia morreu o ativista por democracia Orlando Zatapa Tamayo, e o super democrático e DH Lula se calou. Por isso que está esquerda é pura demagogia

  4. Reportagem tendenciosa e com comentários extraídos de contexto. Muito ruim, longe do padrão esperado a uma revista como a Crusoé

  5. mais um pilantra que vive em palácios, cheio de criados, não faz nada de útil, e se diz defensor dos pobri, à semelhança de nossas otoridades corruptas, que vivem às custas do suor dos cidadãos que lutam para sustentar parasitas.

  6. Esse Papa pode ser considerado Presidente efetivo do Fórum de São Paulo. No mundo todo, a começar pela América do Sul, a inversão de valores é assustadora. Nunca se viu tantos postes urinando em cachorros como agora.

  7. Ninguém precisa de um líder religioso cego às arbitrariedades de certos governantes. Papa Francisco não é um religioso, é mais um militante cego.

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