Desembargadora ignora ligação com JBS e decide a favor da companhia

17.12.21

As fartas amostras de que a desembargadora Maria do Carmo Cardoso mantém uma relação especial com a J&F não têm sido suficientes para inibir as decisões da magistrada do Tribunal Regional Federal da 1ª Região em favor da holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista. No último dia 10, Carminha, como é carinhosamente chamada pelos amigos, assinou uma liminar sigilosa cassando uma decisão da primeira instância que obrigava o grupo a pagar em juízo a parcela de 344 milhões de reais da multa prevista no acordo de leniência assinado em 2017. Desde setembro, a J&F tenta uma manobra no Ministério Público Federal para reduzir em 65% o valor de 10,3 bilhões de reais que ela própria aceitou devolver após seus sócios e executivos admitirem que comandavam um megaesquema de distribuição de propinas – o conselho do MPF já formou maioria contra o recurso da companhia, mas o julgamento foi suspenso até fevereiro por causa de um pedido de vista. O “impasse” sobre o valor da multa serviu de base para a decisão de Carminha em favor da companhia. Como Crusoé já mostrou, uma das filhas da desembargadora foi advogada da holding da JBS. Além disso, a própria magistrada chegou a usar seu e-mail institucional do tribunal para pedir ao então diretor jurídico do frigorífico, Francisco de Assis, que arrumasse um emprego para uma parente.

MDICMDICA desembargadora Maria do Carmo: laços estreitos com a JBS

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